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História de Araripina: Onde ficava a Rua Deodoro em Araripina?


Prédio antigo onde funcionava a prefeitura. Atualmente serve de instalação para a Secretaria Municipal de Esporte.

Rebuscando as memórias um ilustre cidadão da cidade chamou-me atenção das muitas histórias que guarda umas das ruas mais antigas de Araripina, que atualmente passou por uma transformação significativa no seu percurso. Antes para trafegar e andar nessa via era um tormento, porque, além de estreita, e por ser uma rota de mão dupla, de vez quando os transtornos causados no trânsito, principalmente em um trecho central que fica nas proximidades onde os feirantes se aglomeram diariamente, virava aquela confusão.

Hoje a Rua Henrique Alves Batista, antiga Rua Marechal Deodoro da Fonseca, funciona tranquilamente como uma via única, e os transtornos causados pelo trânsito caótico diminuíram.

Mas a Rua Marechal Deodoro da Fonseca sempre foi esse ambiente de vai-e-vem de pessoas que se utilizavam daquela via para acessar as artérias da Rua do Açougue, Rua do Comércio, a Rua Quintino Bocayuva, a Rua Joaquim Nabuco entre tantas outras que vamos aqui contar como cada uma delas se encontra atualmente. Vai ser uma viagem sensacional para aproveitar as dicas que o nosso ilustre historiador e escritor, Francisco Muniz Arraes, em seu livro – Araripina – História, fatos & reminiscências deixou como um legado riquíssimo e que agora vamos aqui descrever.

Fiz alguns registros em dia de feira - sábado (18/2) em pontos principais da antiga Rua Marechal Deodoro da Fonseca e ainda podemos perceber que os prédios antigos da prefeitura (majestoso e imponente), da antiga cadeia pública (conhecida por "Hotel Coqueiro" - porque tinha dois coqueirais em frente ao prédio), o armazém de Benito ainda preserva a mesma estrutura.

Moradores da Antiga Rua Deodoro

Juntar os fragmentos da história para contar em sua íntegra, é tarefa complicada e difícil, principalmente quando você tem que fazer oitivas, pesquisar, lembrar e, isso, não é nada fácil.

Encontrar um enredo para traçar toda uma história da Rua Deodoro, que traz toda uma elegância por manter ainda viva dois monumentos da nossa antiga Araripina, quiça, da nossa antiga Vila São Gonçalo, em linha reta literalmente pavimentada por muitos sonhos, muita conquista sofrida, é mesmo um privilégio para este solitário contador de crônicas, que nem pestaneja quando transforma o seu teclado em cronologias do tempo.

Lembrar de seu Rafael, criador de passarinhos, militar aposentado que por sina teve o seu filho Romildo seguindo os seus passos. Seu Rafael por tempo fez um trabalho social quando conduzia as pessoas doentes com problemas psiquiátricos para tratamento na capital.

Lembrar de Raimundo Chorão, que era o único marceneiro responsável por  confeccionar “caixões funerários” para a prefeitura para que fossem doados para as pessoas que não tinham condições de comprar.

Seu Benito, dono de um armazém de farinha, que ficava quase defronte a cadeia pública.

Chico de Juvenal, que tinha um estabelecimento enorme onde amantes do bilhar principalmente aos sábados, dia de feira, lotavam o seu comércio para aquela diversão e outras que aquela mercearia oferecia,

Mestre Elvídio, famoso morador e único ferreiro da cidade na época, que morava em frente a prefeitura velha.

Seu Nilo Sapateiro, Duca Quelé (filho de Raimunda Quelé - também moradora da Rua Deodoro), Joaquim ArmandoPedro Laurindo, Moisés Bom (Tinteirinho), Antonio Ferreira, Dona Alcina e Seu Sitonho (que tinha uma loja de tecido lá na Rua do Comércio, onde fica atualmente o calçadão), Dona Graciosa, Maria Batista (sogra de Cláudio Soldado), Nilo Castro com a esposa, Raimundo Pereira (Raimundão), Dona Lica, Seu Ilton, e tantos outros que moravam naquela rua que por tempo era o xodó dos proprietários do comércio que naquela época como atualmente, já era pujante para a economia local.

Atualmente Rua Henrique Alves Batista, a outrora Rua Marechal Deodoro da Fonseca, ou Rua Deodoro como ficou conhecida, ainda preserva parte do acevo histórico de Araripina, como a cadeia pública, o antigo prédio da prefeitura e alguns casarões que certamente um dia, ou logo em breve, não mais existirão.

Como foi alterado e mudado o nome da Rua Marechal Deodoro da Fonseca para Rua Henrique Alves Batista deve ter passado por projeto de lei e provavelmente aprovado pela Câmara Municipal. Mas isso aí é outra história.












































Registros feitos na antiga Rua Marechal Deodoro da Fonseca, atual Rua Henrique Alves Batista. Arquivo Blog






























Imagens capturadas do Google Maps da antiga Rua Marechal Deodoro da Fonseca, atual Rua Henrique Alves Batista.

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1 Comentários
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  1. Ótima reportagem, dessa vez, evidenciando a rua Marechal Deodoro, a rua da minha avó Raimunda Quelé, mãe de Duca Quelé, de outros nossos vizinhos.Obrigada. .

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