Versão – 73 de um velho enredo
Nesta quarta-feira, 27 de dezembro,
você terá a oportunidade de ver Glória Menezes num papel que já foi interpretado
pelos maiores nomes da história do teatro, do cinema e da ópera (Sarah Bernhardt,
Edwige Feulliére, Eleonora Duse, Greta Garbo, Vivien Leigh, Cacilda Becker – no
Brasil - , e todas as grandes cantoras líricas de todos os tempos). Trata-se do
especial “A Dama das Camélias”, que Gilberto Tumcitz adaptou do original de
Alexandre Dumas Filho e que irá ao ar às nove da noite.
Se “ A Dama” é uma responsabilidade
para Glória, para Gilberto Tumcitz, que a adapto para a televisão, ela é um
desafio. Crítico de teatro do Globo, Gilberto ambientou sua versão no Rio de Janeiro
de hoje, onde a trajetória de Margarida, transformada em badaladíssima figura
das colunas sociais, acompanha levemente o original de Dumas Filho, escrito em
meados de 1800.
- O que existe de comum entre
Margarida Gauthier e Guida Figueiredo (a Margarida da Televisão) é que as duas
mulheres vêm de uma classe média baixa, diz Gilberto. Vencem como prostitutas
de alto nível, porque a prostituição, para elas, é a única saída. No momento em
que encontram o amor, cedem ás pressões de uma alta burguesia, que respeitam,
porque a isso foram habituadas. Enfim, o tema do romance de Dumas sempre me
pareceu se esse: o preconceito e a moral burguesa matam o amor.
- Modestamente, eu quis mostrar a
mesma coisa, em termos de televisão. Não foi nada fácil, sobretudo porque eu
não tinha experiência em linguagem de TV.
Até hojes fui o crítico,
apontando as qualidades e os defeitos dos trabalhos dos outros. Agroa vou ser criticado
e espero que os amigos sejam sinceros e pixem bastane o que não agradar. Vai ser
estimulante e enriquecedor para trabalhos futuros.
Combater os erros
Alexandre
Dumas Filho inspirou-se na sua própria vida para escrever o romance “A Dama das
Camélias”- que se transformaria em peça, roteiro cinematográfico e ópea (“La
Traviatta”, de Francisco Maria Piave). Terceiro dos filhos ilegítimos de
Alexandre Dumas (o famoso escritor de “Os Três Mosqueteiros”, e “O Conde de
Montecristo”), com uma modista, mudous-se muito jovem para Paris.
Aos
vinte anos, conheceu Marie Duplessis, que insporaria “A Dama das Camélias”.
Marie era um das mulheres mais bonitas e elegantes da época, embora não pertencesse
à nobreza: sustentada por ricos amantes, foi lançada nas altas rodas parisienses
pelo jovem Duque de Guiche. Uma intensa ligação amorosa se estabeleceu entre
Dumas e Marie, que apesaar de tudo nunca abandonou seus ricos protetores. A separação
veio quando o escritor partiu em viagem oficial à Espanha, sem saber de sua
tuberculose. Nesse meio tempo, cada vez mais doente, Marie casou-se em Londres,
com um nobre francês. De volta a Paris, morreu como a Margarida de Dumas, na
mais extrema pobreza, apesar de toda aparência de luxo em que sempre vivera. Ele
não assistiu à sua morte, mas, abalado, excreveu-lhe muitos versos e o romance “A
Dama das Camélias”, em que narra toda a sua vida. Seu lema: “Nascido de um
erro, comabaterei os erros”.
Reportagem de Zildo Guimarães
Fotos de Robinan Pimenta
O novo casal
Muitas das mil e uma emoções que o público brasileiro sentirá ao ver “A Patota”, próxima novel da TV Globo para o horário das 18h, ficarão por conta das peripécias românticas que vão envolver o casal de protagonistas da história de Maria Clara Machado. Neli, a ser vivida por Débora Duarte, e o professor Simões, que será interpretado por Marco Nanini.
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