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Revista na TV apresenta: TV Intervalo de 1966 - Entrevista com Rei da Juventude - Roberto Carlos

Cidinha é uma graça, mora!
TV Intervalo – 1966


Nos seus 18 anos, Cidinha Santos foi eleita garota padrão do iê-iê-iê pelos seus colegas (que a adoram). Mas apesar de ter sido lançada agora em grande estilo no programa de Jerri Adriani, em São Paulo, Cidinha já canta há 15 anos – há 11 como profissional. A preciosidade veio do fato de que papai Benedito Francisco dos Santos, um pacato comerciante, decidiu realizar na filha o seu sonho dourado: ser cantor. Agora, na adolescência em plena onda do iê, iê, iê, ele tem o merecido destaque, atuando como estrelinha do Excelsior A Go Go. Uma vantagem: as covinhas lhe aparecem quando canta.

Homem de negócios, ídolo do iê iê iê: as duas faces de Roberto Carlos


Como é o cavalheiro da canção

Roberto Carlos, ídolo da juventude, homem de negócios e compositor de méritos inegáveis, tem sido, ultimamente, alvo de verdadeiro bombardeiro de manchetes, que o apresentam como um personagem controvertido. Ele é apenas um ser humano, que, com esforço próprio, ganhou posição artística invejada. Muitos gostariam de estar no seu lugar, mas nem todos saberiam conservar essa posição como ele o faz: com trabalho e humildade. É o Roberto Carlos cavalheiro que hoje apresentamos a vocês, neste diálogo. A letra P indica as falas da repórter de Intervalo; o R marca as de Roberto Carlos.

PVocê mudou muito depois do sucesso?

R – Ninguém pode mudar perante sua própria consciência. O sucesso veio depois de minha formação. Como adolescente, lutei, trabalheir muito e este é um orgulho que trago comigo. Não, não mudei. Se pareço diferente, porventura, é que as coisas mudaram em torno de mim: mais gente a atender, mais compromissos a cumprir, menos tempo de que possa dispor, para mim mesmo, para meus amigos e para minhas fãs. Qualquer pessoa que tenha um trablaho tão empolgante sabe que estou sendo sincero.

PE o sucesso, quanto tempo dura?

R – Deus é quem sabe. Veja, há casos como o de Elvis Presley, vivendo nos Estados Unidos, eçe ganha o suficiente para fazer dois programas de televisão, dois filmes por ano, raramente fazendo shows ao vivo. Ele se poupa e pode fazer isto, por que com um só espetáculo tem o necessário para viver bem por seis meses. Já andei pensando em diminuir o número de shows e talvez faça isto. Mas, vou sentir falta do meu público, sabe, estou me acostumando: é como ter uma namorada.

PSão muitas as emoções, hem, Roberto?

R – Sim, muitas. Mas, a maior foi o meu show de aniversário. Desde que entrei no palco, pensei comigo: quem é capaz e como se é capaz de pagar tanto carinho? Fiquei com um nó na garganta, como quando uma garotinha de três anos me abraça e me beija. Contive-me, mas quando mamãe me abrçou, no final, explodi em lágrimas. Podem ter achado feio um artista chorar assim em pleno espetáculo. Eu sei que tinha de ir até o fim, mas...Ora, você sabe: a gente não é feita de pano e algodão. As lágrimas vieram, não pude contê-las.

PE os planos para o futuro?

R – Ainda não sei bem: cinema, discos e, naturalmente, televisão. Uma coisa é certa: voltarei a Portugal para uma temporada. De Lisboa, desta vez, irie a Paris e visitarei outras capitais europeias. Tenho uma excursão programada aos Estados Unidos em promoção com uma empresa brasileiras de navegação aérea e as escalas previstas são: Lima, Bogotá, Caracas, Cidade do México, Los Angeles. Ponto final, Nova Iorque, onde posivelmente participarei de um show de Ed Sulivan. A essa altura já terei sido lançado nos Estados Unidos cantando em português: a CBS já enviu para lá a matriz do meu segundo LP.

PBem, para terminar me diga uma coisa: que espécie de público você prefere?

R – Sabe, gosto de todos, entende? Mas, quando posso cantar exclusivamente para crianças, aí me enterneço. Ninguém é tão espontâneo como uma criancinha. Elas não sabem ler, nem escrever, mas gostam de mim. Talvez por que eu as adoro tanto, as pequerruchinhas.

Roberto Carlos levantou-se, despediu-se do repórter: tinha de comparecer a um show, promovido pela Liga das Senhoras Católicas. Teria de receber três milhões de cruzeiros pela sua participação, mas não aceitou: doou-os à Liga, em benefício de 800 crianças que estão sob o cuidado daquela entidade. Nesse mesmo show, Roberto foi coroado Rei da Juventude (com a coroa de Luís, Rei da França, fantasia premiada no Carnaval carioca) e recebeu a comunicação de que a Câmara Municipal de São Paulo decidira dar-lhe o título de Cidadão Paulistano.

























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