Cláudio Cavalcanti: “Um dos atores mais versátil da televisão”
Ator capaz de suculentos desempenhos em pornochanchadas e de interpretações marcantes, como a de um poeta sonhador ou a de um apaixonado por uma solteirona conflituosa., Cládio Cavalcanti tem marcado o vídeo e as telas nacionais com sua versatilidade.
O início de sua vida de ator foi no teatro, sob a orientação de Fábio Sabag e Sérgio Brito. Participou do Teatro Brasileiro de Comédia, companhia paulista de grande significado na formação de um bom ator. E ao longo de sua carreira tem voltado com alguma frequencia ao palco. Mas sua participação mais efetiva tem sido no cinema e na televisão.
Em sua carreira cinematográfica, Cláudio Cavalcanti parece ter se especializado em comédias eróticas. Depois da estreia em Um Ramos para Luísa, ele atuaria em filmes como: Ascensão e Queda de uma Paquera, Nudista à Força, A Cama ao Alcance de Todos, Memórias de um Gigolô e Veneráveal Madame Goneau. Mas seu desempenho mais famoso seria em Vereda Tropical, episódio de Contos Eróticos, onde intepreta um pouco ortodoxo estudante de antropologia que vive um caso de amor com uma melancia.
Na TV, Cláudio começou atuando em teleteatros, para depois passar as telenovelas, interpretando papéis secundários. Fez parte do elenco de novelas como Anatáscia (1967), A Gata de Vison (1968) e Rosa Rebelde (1969), todas da Globo. Mas também trabalhou na Tupi, em Enquanto Houver Estrelas e O Retrato de Laura – ambas de 1969. Nesse mesmo ano voltaria à Globo para viver Renato em Véu de Noiva.
Irmãos famosos – intrepretando pequenos papéis, Cláudio Cavalcanti foi revelando seu talento, até ser chamado para viver um dos protagonistas de uma novela que iria estourar todos os índices de audiências da época: Irmãos Coragem (Janete Clair, 1970). Cláudio era Jerônimo, um dos irmãos garimpeiros, aquele que morria tragicamente ao final da novela.
Depois desse grande sucesso, Cláudio apareceria sucessivamente em O Homem que Deve Morrer (1971), O Bofe (1972), Cavalo de Aço (1973) e Bravo (1975). Em 1976, passou a trabalhar no horário das 18 horas, dedicado pela Globo às adaptações de obras significativas da literatura brasileira. Em Vejo a Lua no Céu ele interpretava Eusébio, um solteiro interesseiro. Alguns meses depois em O Feijão e o Sonho (1976), vivia um personagem oposto: o professor Campos Lara, sonhador sem ambições, interessado apenas em poesia.
Ainda no horário das 18 horas, Cláudio participou do elenco de Dona Xepe (1977) e Maria, Maria (1978). Nesse mesmo ano, ele mostrava mais uma vez sua versatilidade, assumindo a pele de um hippie em Pecado Rasgado.
Voltando para o chamado “horário nobre”, das 20 horas, Cláudio Cavalcanti, reencontrou-se com um texto de Janete Clair, onde se metamorfosearia em Gustavo, o grande vigarista de Pai Herói (1979).
Com
mil ardis, ele tenta penetrar no mundo dos ricos. Tenta também o “golpe do baú”,
com Valquíria (Rosamaria Murtinho), mulher mais velha, mas acaba se apaixonando
por ela. Do contravertido personagem que viveu dizia Cláudio:
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Parece que estou pondo para fora outro lado de mim, extrovertido, que nunca uso.
O Gustavo deve ser o outro Cláudio, meu alter ego.
Na verdade, Cláudio Cavalcanti parece ter muiots “eus”, pois em Água Viva (1980) mais uma vez ele interpreta um personagem completamente diferente dos outros, o “Edir, seriíssimo profesor de história. Ao contrário do que acontece com muitos atores de novela, dele sempre se pode esperar uma surpresa.
Blog do Paixão