Do Livro: 50 anos de chão / João Máximo
Um cantador de talento raro cujas cantigas não falavam apenas de animadas festas nordestinas, mais tarde conhecidas com Forrós, nem só dos amores perdidos em arraiais juninos, mas também das tristezas e injustiças sociais de sua terra, mas Brasil que sertão.
Esta não é a primeira vez que nos atrevemos a comparar Luiz Gonzaga a um quixotesco cantador que – com seus baiões, xotes, toadas, xaxados, cocos e xeréns – levou realidade do Nordeste para um Sul que, na época, respirava os perfumados e tecnicoloridos sonhos musicais de Hollywood que nos mandava a bordo da política da boa vizinhança. Um cantador, acima de tudo, ousado.
Blog do Paixão