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Opinião: Mais uma Tragédia Anunciada


Foto: Arquivo Pessoal

Hoje, segunda-feira (23/10) Araripina amanheceu triste e abalada com a tragédia que se abateu sobre uma família. Um pai mata a esposa e os dois filhos (os dois menores de idade) de forma cruel que nem é preciso destacar, por entender que crimes violentos como esses, deveria chocar, e não se transformar em motivo de propagação em redes sociais, como tem acontecido nos tempos atuais, em que compartilhar pessoas mutiladas por acidentes, ou por qualquer tipo de violência, tem sido a forma mais fria e vazia do ser humano.

Estamos chocados (como pai, mãe, avó, avô, filhos, irmãos, amigos) e nos perguntamos o porquê de a violência ter aumentado em nosso estado principalmente quando falamos da mulher, da criança e do adolescente.

Por que as *medidas protetivas não têm surtido efeitos, quando apenas uma decisão judicial ou um simples papel timbrado da justiça não lhe garante essa tranquilidade e proteção? 

E que proteção é essa que o Estado diz garantir?

*As medidas protetivas são ordenamentos jurídico que tem o objetivo de proteger um indivíduo que esteja em situação de risco, independentemente de raça, classe social, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, religião e idade. Elas medidas são essenciais para garantir os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana.

E a criança e o adolescente, tão protegidos pelo ECA, segue os mesmos destinos de quem também não estava protegida (no caso, a mãe), e as delegacias em defesa da mulher, são simplesmente DELEGACIAS. Elas precisam ser implantadas, mas precisam de efetividade, porque, na maioria das vezes o atendimento ainda expõe a mulher a constrangimentos e a própria violência institucional.

Está mais do que na hora, começando por Pernambuco de parar de discurso em defesa e proteção da mulher e realmente tornar prática essas ações; está mais do que na hora de que só noticiar mais uma vítima da violência doméstica, do feminicídio, do descumprimento da Lei Maria da Penha, não esperar mais uma medida protetiva e antecipar medidas de decisões preventivas contra os agressores dessas mulheres.

Ontem (22) foi praticada  violência e brutalidade contra a mulher, a criança e o adolescente, e mais uma vez, a sociedade fica estarrecida, as redes sociais viram palco para discussões e aprofundamento dessas situações violentas, depois passa e logo tudo volta à normalidade aguardando que outra tragédia aconteça para novamente, a mesma discussão, o mesmo tema, as mesmas sugestões volte a aflorar sem que algo de concreto seja decidido, tanto por negligência dos órgãos competentes, quanto por inércia da sociedade.

Só lamentamos muito, também assistir inerte, a partida precoce de uma família, vítima de uma violência inexplicável. 

E todos nós, apenas de luto por Aucirlene, Ageu e Áquila, ficamos angustiados por não entender até em que passo a violência tem predominado sobre todas as formas de amor que não deveria ser condicional. 

De forma alguma.

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