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Viagem por Pernambuco: Conheça um pouco da cidade de Afrânio

 


Desmembrado do município de Petrolina
Data de criação: 20/12/1963 Lei Estadual nº 4.983
Data de instalação: 31/05/1964
Data cívica (aniversário da cidade): 31/05
População do último censo do IBGE de 2022: 16.486 habitantes

Na área onde se situa o município de Afrânio havia uma fazenda denominada Inveja, que pertencia a Francisco Rodrigues da Silva. Esse local, ao se tornar povoado, recebeu o topônimo de São João. O distrito (sede da paróquia), com a denominação de Caboclo, foi criado pela Lei Provincial nº 661, de 13 de março de 1864, pertencendo a Petrolina, e confirmado posteriormente pela Lei Municipal nº 48, de 05 de março de 1900. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Caboclo figura no município de Petrolina.


A construção da Estrada de Ferro Petrolina/Terezina alcançou as terras da Fazenda Inveja em 1926, atraindo para a localidade gente de várias regiões em busca de trabalho na rede ferroviária ou procurando estabelecer-se no comércio. Em 1927 o capuchinho frei Fortunato, que fazia pregações missionárias na região, lançou a Pedra do Cruzeiro, no local onde posteriormente edificou uma capela. Ele aconselhou os moradores a mudarem o nome do povoado para São João. Em 1928, com a inauguração da estação ferroviária, o povoado ficou conhecido como São João do Afrânio, em homenagem ao ex-ministro da Viação, Afrânio de Melo Franco. A Lei Municipal nº 30, de 22 de abril de 1931, confirmou a mudança de denominação e transferiu a sede do distrito de Caboclo para a povoação de São João do Afrânio. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito, já denominado São João do Afrânio (ex-Caboclo), aparece no município de Petrolina.

Pelo Decreto-lei Estadual nº 92, de 31 de março de 1938, o distrito de São João do Afrânio passou a denominar-se Afrânio. O Decreto-lei Estadual nº 235, de 09 de dezembro desse mesmo ano, incorporou a Afrânio parte do território do distrito de Cachoeira do Roberto, extinto pela mesma lei. Em divisões territoriais de 1950 e 1960 o distrito de Afrânio figura no município de Petrolina.

A Lei Estadual nº 4.983, de 20 de dezembro de 1963, elevou Afrânio à categoria de município, desmembrado de Petrolina, e também elevou a sua sede à categoria de cidade. Os distritos de Cachoeira do Roberto e Arizona foram criados, respectivamente, pelas Leis Municipais nº 28 e 29, de 23 de dezembro de 1963. Em divisão territorial datada de 31 de dezembro desse mesmo ano o município aparece com três distritos: Afrânio, Arizona e Cachoeira do Roberto. O município foi oficialmente instalado no dia 31 de maio de 1964. Mas os distritos de Cachoeira do Roberto e Arizona não foram instalados, sendo recriados posteriormente pela Lei Municipal nº 13-A, de 20 de outubro de 1967.

O termo de Afrânio foi criado pelo Decreto-lei Estadual nº 61, de 05 de agosto de 1969, pertencendo à comarca de Petrolina. A Lei Municipal nº 54, de 08 de janeiro de 1970, criou mais um distrito, denominado Poção de Afrânio. Em divisão territorial datada de 1º de janeiro de 1979 o município é constituído por quatro distritos: Afrânio, Arizona, Cachoeira do Roberto e Poção de Afrânio, assim permanecendo em divisão datada de 2005.

A comarca de Afrânio foi criada pela Lei Estadual nº 8.879, de 07 de dezembro de 1971, sendo instalada pelo juiz Max Medeiros. É classificada como comarca de 1ª entrância e engloba o termo judiciário de Dormentes.

Sitio Histórico do Caboclo


Caboclo distrito de Afrânio, Sertão de Pernambuco, distante 120km de Petrolina . Faz fronteira com o Piauí e a Bahia (Casa Nova).

Com origem nos anos de 1700, Caboclo conta um uma igreja bastante simpática, o Museu do Pai Chico, um mirante e várias atrações que justificam a visita. O ponto alto são as casinhas coloridas dos moradores – a maioria, com as mesmas raízes familiares.


Imensas e centenárias tamarineiras (a mais velha delas com cerca de 150 anos) compõem o cenário do largo principal. Debaixo delas, sob a proteção das folhas, os moradores e os visitantes sentam em bancos de madeira, colocam a conversa em dia, armam a rede ou ficam lá fazendo algo que harmoniza com o fluxo do tempo. Aliás, o tempo é outro protagonista em Caboclo. Basta pisar por aquelas terras para perceber as coisas desacelerarem.

A história de Caboclo se cruza com a vida de José Francisco de Albuquerque Cavalcanti, o Pai Chico. Patriarca de várias famílias e com quem todos por lá tem, de um jeito ou de outro, alguma ligação, o Pai Chico foi o quinto prefeito de Petrolina (PE). Em sua homenagem foi erguido um museu que reúne centenas de objetos que marcaram períodos importantes do lugar. Destaque para o mobiliário, fotografias e utensílios.

Além do museu, o visitante pode subir até o mirante. Uma trilha de encosta com duração de 30 minutos a partir do centro do povoado. É possível desfrutar de uma linda vista de toda a região, inclusive, da chapada que está situada do outro lado da fronteira, no Piauí. Há outras trilhas possíveis. Uma delas leva até duas lagoas de águas magnesianas rodeadas de rochas muito belas.

Uma das festas mais populares de Caboclo é a Festa do Tamarindo, organizada uma vez por ano por uma comissão de revitalização que tem o objetivo de promover o povoado em torno da azeda, mas deliciosa, fruta. A religiosidade e as crendices populares também merecem a atenção dos visitantes. Figuras respeitadas e típicas do Sertão, as tradicionais rezadeiras guardam um curioso e rico conhecimento sertanejo.

Para aproveitar melhor e interagir com a cultura do lugar, a dica é se hospedar na única e rústica pousada que existe por lá ou retornar alguns quilômetros e dormir na cidade de Afrânio (PE).





Fontes:

Agência CONDEPE/FIDEM, Calendário Oficial de Datas Históricas dos Municípios de Pernambuco. Recife: CEHM, 2006. v. 3

ENCICLOPÉDIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS. Rio de Janeiro: IBGE, 1958. v. 18.

FONSECA, Homero. Pernambucânia: o que há nos nomes das nossas cidades. Recife: CEPE, 2009.

GALVÃO, Sebastião de V. Dicionário Corográfico, Histórico e Estatístico de Pernambuco. Recife: CEPE, 2006. v. 1

PERNAMBUCO. Tribunal de Justiça. História das Comarcas Pernambucanas. 2ª ed. Recife, 2010.

 

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