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A Saga de Gonzagão: 50 anos de chão – Parte X – O silêncio da sanfona e de Gonzaga


Disse ele numa entrevista de 1971, quando mais uma vez o Brasil o redescobria:

- É melhor vocês falarem de mim, porque eu mesmo não sei o que sou, não sei porque falam de mim. Eu não entendo nada, eu vou levando. Pra mim tanto faz. Que é bacana, é... Mas deixa o povo falar.

Sanfona e voz silenciaram para sempre em 2 de agosto de 1898, em Recife, onde o coração do velho cantor, minado por seis meses de doença (a uma osteoporose seguiram-se de vários tipos de infecção e uma pneumonia fatal), parou por volta de cinco e meia da manhã. Seu corpo, embalsamado, foi velado na capital, Juazeiro do Norte e na Exu, onde o sepultaram no fim da tarde.

Gonzaga morreu quatro anos depois de tocar em Paris e dois depois de ganhar o Prêmio Shell de Música Popular, o fole de “mau gosto” fazendo-se ouvir entre as paredes nobres do Teatro Municipal. Morreu seis anos depois, enfim, daquele breve namoro com a política: “Serei um deputado feliz – disse ele na ocasião – se ajudar o Brasil a ter consciência de seu sertão”. Como se sua música já não tivesse feito.

Do Livro - 50 anos de Chão 
De João Máximo

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