As lembranças das campanhas eleitorais de antigamente trazem não sei se saudosismo para os políticos, para os eleitores, porque na maioria das vezes a algazarra era patrocinada com dinheiro público, disfarçado de patrocínio.
Os comícios sempre inflamados, os jingles, as bandeiras ainda confeccionadas de forma artesanal pelas costureiras local e a banda contratada para depois das mensagens dos políticos, animar aquela galera ávida por festa.
Era sempre assim, e muitas vezes os entreveros aconteciam quando uma turma adversária ia curtir o show também para curiar e transmitir a mensagem para os aliados. Era aquela fofoca quando alguém se exaltava e provocava uma briga. A turma adversária aproveitava para transformar o evento em palanque e alfinetar como seria aquela gente governando Araripina: a mesma bagunça do show que promoveram, resumiam.
A banda dos registros da campanha eleitoral do Dr. Pedro Batista em 1988 era conhecida nos palanques da região: Banda Shock (se é assim que se escreve) – da cidade de Ouricuri, Sertão de Pernambuco.
Ela estava sempre animando os palanques das campanhas políticas em Araripina, tanto de um lado, como de outro.
O show geralmente ia até de manhã e raramente se tinha notícias de casos de brigas ou crimes violentos.
Mas os showmícios – como eram conhecidos – acabaram de acordo com a legislação eleitoral, justamente por fazer algazarra à custa do dinheiro do povo e geralmente por beneficiar quem tinha um maior poder econômico.
Blog do Paixão