Essa charge representa um pouco desse sentimento
No meu tempo de menino tapávamos os ouvidos quando não queríamos escutar algo que não gostávamos, que não nos agradávamos ou então era um ato espirituoso ou engraçado de fazer de conta que não estávamos nem aí para o que dissessem.
Tem sido assim comigo quando alguém vem perguntar ou questionar sobre a política local, quem vai sair candidato do lado da situação, quem serão os nomes do lado da oposição. Sou sempre atiçado a opinar e como sempre alguns gostam mesmo de colocar você em situação de desconforto, principalmente por saber que apesar dos pesares, tenho minhas escolhas, ainda não tenho essa liberdade para ser categórico, impor uma decisão ou uma condição que não possa me trazer problemas como os que acumulei quando decidi fazer oposição ferrenha ao prefeito (e ao seu grupo) que antecedeu o atual, e que no frigir dos ovos, o cenário não foi nada favorável porque parte significativa desse grupo para quem fiz oposição e critiquei duramente, é hoje situação.
Aprendi um pouco. Fiz umas reflexões acredito que tardiamente, mas sempre vale apenas aprofundar essas concentrações de ideias e mergulhar nos nossos sentimentos para juntar os cacos dos estilhaços das nossas insanidades, para repensar tudo que podemos fazer daqui em diante.
Estou sempre mudando de esquina, evitando as mesas em que os debates políticos são acalorados. As oitivas nem sequer me interessam esse ano, mas sei que mesmo não fugindo do que nos aguarda em um ano tenso e eletivo, tentarei ser objetivo, menos combativo e mais cauteloso, porque o inimigo do político de hoje, pode ser o aliado de amanhã.
Blog do Paixão