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A História da Telenovela: Um novo padrão


Quanto mais a televisão crescia, maior era a importância do departamento de finanças e mais sofisticado ficava o material técnico necessário para dar ao telespectador sua dose diária de emoção em capítulos.

Ná página anterior, uma cena da primeira novela colorida (O Bem-Amado), levada ao ar em 1973. Nestas páginas, a diferença entre as produções antigas e as modernas: acima, numa cena de O Sheik de Agadir – o exemplo de uma improvisação de cenário dentro de uma sala de estúdio. Com o advento da TV em cor, são montados cenários sofisticados, como este de Água Viva (centro) e a maquilagem é muito elaborada (à direita, no alto). Câmeras modernas (à direita, embaixo) captam as imagens que o telespectador receberá em casa.

Durante muito tempo, a televisão brasileira viveu à base de ideias e realizações individuais. Era quase uma loteria: o programa podia dar certo ou errado. E os sucessos contrabalanceavam financeiramente os fracassos.

Uma pequena margem de segurança era dada pelo departamento artístico das emissora, ao qual se subodirnavam autores e produtores. O diretor desse setor era sempre uma pessoa de muita experiência, alguém com longa vivência em televisão, capaz de pressentir o êxito ou fracasso de uma nova proposta.

Com as telenovelas, acontecia algo semelhante, embora houvesse outros fatores presentes. Muitas delas eram decididas fora das emissoras, em agências de publicidade ligadas aos grandes patrocinadores. Mas também nessas agências as decisões eram tomadas mais na base do “faro” pessoal do que em dados científicos. Durante algum tempo, por exemplo, foi Glória Magadan quem decidiu como deveriam ser as novelas patrocinadas pela Colgate/Palmolive.

No final da década de 60, no entanto, começa a se eboçar uma mudança radical: a TV Globo decide transformar a telenovela no carro-chefe de sua programação e dar-lhe um padrão de qualidade que a destaque do produto de outras emissoras. Para isso, seria preciso investir muito mais do que até então e, consequentemente, diminuir os riscos da empreitada.

Não se podia mais depender da experiência e visão de alguns poucos profissionais: era preciso saber exatamente o que o público desejava, através de pesquisas de opinião. Foi assim que a balança das decisões começou a se deslocar do setor artístico para o de comercialização e pesquisa. Mais importante que o palpite do diretor artístico é a opinião de milhares de espectadores que preferem este ou aquele personagem, que esperam este ou aquele desfecho para as histórias.


































































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