Fracassos recentes comprometem o governo e põem em xeque capacidade do petista de atrair apoio e construir uma base sólida no Legislativo
Por Valmar Hupsel Filho, Laísa Dall'Agnol
Em mais de quatro décadas como figura pública, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre foi considerado um expert da articulação política.
Sua capacidade de diálogo com os divergentes, forjada desde os tempos de líder sindical em São Bernardo do Campo (SP), rendeu-lhe a fama de “encantador de serpentes”.
Somado a um amplo apoio popular, isso contribuiu para que tivesse uma relativa tranquilidade nas relações com o Congresso em suas duas primeiras gestões. Na versão 3.0, entretanto, o petista chegou ao poder com margem estreita de votos e, no cargo, vê sua popularidade em queda antes de chegar à metade do mandato.
Para piorar, tem a menor base parlamentar desde a redemocratização e interage com uma Câmara e um Senado pulverizados e inclinados à direita.
Até aqui, o alardeado poder de sedução do presidente fez nenhuma mágica na articulação política, campo no qual enfrenta grandes dificuldades. Os sinais têm sido dados desde o início do governo, mas nos últimos dias ficaram mais evidentes com uma sequência de derrotas.
Parte das dificuldades de Lula reside no fato de ter um governo dividido. O alicerce dele foi construído sobre onze partidos, muitos deles pouco alinhados ideologicamente ou com o projeto político do petista.
A infidelidade também se explica por outro interesse: o eleitoral. Boa parte das siglas não só atua de forma independente, como articula para enfrentar Lula em 2026.
Confira a reportagem completa na VEJA - acessando o lik abaixo
Blog do Paixão