
Se a memória for boaE a saudade baterAs lembranças dos bons temposNunca iremos esquecerAs peladas lá da ruaQue neste tempo insinuaQue ainda podemos viverDeixar de lado o digitalVivendo a interaçãoJogar bola lá nas ruasCriando aquela relaçãoÉ acreditar que a esperançaAinda é uma criançaNão importa a geraçãoArrancar a cabeça do dedoCair e se levantarFazer trave com chinelosCada gol comemorarJogar a bola no muroMas cuidar do nosso futuroSem as etapas pularE pra jogar como antesLá no meio do calçamentoEspaços não existem maisPra viver esse momentoParar pra passar alguémEra o intervalo tambémPara o velho divertimentoOs filhos de ErisleneDe Raquel das JulianasDe Roberta e PatríciaDe Rose também de AnasE aquela criançadaFaz reviver essa jornadaQue nossa geração reclama
E foi com essas prosas & versos, com cada rima livre e improvisada que resolvi escrever sobre um esporte tão mágico, tão apaixonante que é o futebol, e que as peladas são o encanto que ainda sobrevivem sendo praticadas nas ruas de paralelepípedo (ou asfalto) por uma criançada que faz reviver os tempos bons que marcaram a geração dos seus pais.
As “travinhas” de pedras ou improvisadas com chinelos; a disputa três contra três (ou quatro contra quatro), num espaço limitado em que mal dar para ensaiar uns dribles, o time de fora aguardando para entrar em cena e toda aquela magia das peladas no “meio da rua” em que atrapalhava a passagem dos pedestres, dos veículos, mas nunca deixaram de ser a sensação da criançada e que pude perceber que estão vivíssimas não no imaginário desse contador de história, mas ainda sobrevivem mesmo que de forma discreta em alguns pontos da cidade.
É verdade que as quadras poliesportivas estão sendo construídas e espalhadas em quase todo município, inclusive na Zona Rural, ainda sob a responsabilidade de unidades escolares, mas ainda não é realidade os espaços livres para qualquer hora que esses jovens quiserem e puderem jogar futebol sem um controle de um “diretor de regras e horários”. Por exemplo: os loteamentos em sua responsabilidade social deveriam ser exigidos que cada espaço ocupado na cidade em resposta aos interesses dos proprietários dos lotes, quando exigido o “habite-se” e o licenciamento ambiental, também fosse estabelecido exigências no tocante a construção desses espaços que visam garantir momentos de lazer para essa criançada que ainda não é assistida por esses equipamentos. Estou falando do assunto como “LEIGO” e não quero ser interpretado de forma equivocada, apenas foi uma opinião e também um questionamento sobre respostas principalmente do loteamento do qual os registros foram feitos. O espaço ou as “OBRAS DE REVITALIZAÇÃO DO CANAL SÃO PEDRO” não foram realizados investimentos nesse sentido, visando minimizar também todos os impactos ambientais provocados pela construtora.
Mas que as “PELADAS DE RUA” ainda resistem e sobrevivem ao tempo, atraídas por uma garotada que gosta de futebol e que adora juntar os amigos das redondezas para exercitar esse esporte coletivo.
Faltou apenas a bodega para pedir água quando a sede bater. Comprar pirulitos e soprar o “pito” da bola para encher quando ela murchar. Faltou o chato da rua que ameaça prender a bola quando ela cair no seu muro, porque também no local às residências ainda estão construção ou em fase de finalização das obras. Mais com bom senso e um pouco de saudosismo, dar para garantir a pelada dos amigos sem os importunar.
As fotos da criançada, os filhos de Erislene, Juliana(s), Raquel, Roberta, Patrícia, Rose e outros responsáveis não foram por este blogueiro solicitado a divulgação das imagens, mas qualquer pedido nesse sentido será respeitado. Não citamos o nome de nenhuma das crianças que aparecem nos registros e que já fazem parte da História de Araripina.
Blog do Paixão