Reformas da Agência Banco do Brasil em Araripina. Foto: Blog
“Ouvi com muita satisfação, a palavra dos oradores que me antecederam. Ouvi o depoimento do gerente local do Banco do Brasil, dizendo para os presentes, para satisfação do seu governante, que esta agência já financiou, nesta safra, como bem repercutiu Camilo Callazans, mais de cinco mil clientes nesta área.
Ouvi também do sr. Gerente do Banco do Brasil. Aqui, as Resoluções 147/175 não sofreram, absolutamente, qualquer hiato na sua aplicação, o que dá ao Governo do Estado uma satisfação muito especial, porque estas resoluções, como bem ponderou o dr. Camilo Callazans, foram baixadas em favor do povo e em uma situação dificílima que atravessava o sertão.
Punido não sei porque, mas atingido por uma seca inclemente que a mão amiga, benfazeja e sensível do nosso Presidente da República, trazida ao contato dos irmãos desta área, pode conduzir os destinos dos Nordestinos a perceber que, diante de uma Resolução do Banco do Brasil, convocado por S. Exma., o Presidente da República, teria o homem desta área condições para o empréstimo de cinco anos, com dois de carência e assim soerguer-se das dificuldades que atravessava naquele momento difícil de seca.
E estas resoluções hoje são novamente, não digo aplicadas, mas em composições feitas com aqueles que não puderam sair das suas dificuldades feitas oportunamente. E graças a Deus a providência foi benfazeja e não nos foi madrasta, trazendo-nos uma farta produção de gêneros, sendo indiscutivelmente, o alívio desta Região, porque nos dá o conforto de fazer operação com o Banco do Brasil e a tranquilidade de restituir a este órgão creditício, já batizado, em todas as áreas do Estado, como banco de “socorrimento” das áreas de Pernambuco. Ouvi essa palavra mui bem empregada, quando fui acompanhado de Camilo Callazans na inauguração do Banco do Brasil em Palmares: Um velho senhor daquela zona, erguendo os braços quase que em termos de súplica, disse: “Este banco, que é o Banco do Brasil, poderia muito bem ser batizado como banco do “socorrimento” das áreas difíceis do nosso Estado de Pernambuco pelas sensibilidade deste homem que é Camilo Callazans, a quem Pernambuco homenageou, justamente, conferindo-lhe o título de “Cidadão Pernambucano” (aplausos).
Não quero alongar-me, porque minhas palavras são apenas de encerramento a esta magnífica solenidade, mas quero dizer a Camilo Callazans que não há, absolutamente, honra o fato de encontrar-me para receber, neste momento, a comitiva do Banco do Brasil. Eu vim. Camilo Callazans, incorporar-me ao povo deste Região. Eu vim dizer a você que representa o Banco do Brasil, que sou um cidadão de Araripina, de Petrolina, de Cabrobó. Eu sou um cidadão também do Ceará (aplausos) – aqui ligado a esta área, com esta revista magnífica que me acabara, de entregar, denominada REGIÃO, que começa com as palavras:
“REGIÃO nasce sob o signo do otimismo confiante em clima de integração nacional”.
(Discurso de improviso proferido pelo Governador Eraldo Gueíros na inauguração da sede própria do Banco do Brasil em Araripina).
“Nesta data festiva para Araripina, tão próxima da data magna do Brasil, é uma honra e uma felicidade para mim, como Diretor do Banco do Brasil, entregar a esta comunidade o prédio construído para servir aos homens que produzem, aos homens que hão de criar riquezas para toda a população desta região.
Aqui, neste momento de festa e euforia e que incorporando à festividade de inauguração de um grupo escolar e de uma praça, o Banco do Brasil inaugura também, a instalação deste edifício. Neste momento de euforia, em que o sertão acaba de nos dar uma safra abundante e que verifiquei com alegria e satisfação a atuação do Banco do Brasil em Araripina, quando o nosso gerente me comunicava que teve a felicidade de financiar, nesta safra, mais de cinco mil agricultores, aplicando cerca de milhões de cruzeiros (aplausos)...
Neste momento em que as reinvindicações que são de recursos, deixei hoje ordem na agência de Araripina, para que seja financiada esta safra abundante, para que os preços não se alvitrem, para que a Indústria e Comércio de Araripina de Pernambuco e Região, possam absorver esta safra e fazer que esta safra grande reverta em resultado para todos aqueles que aqui trabalham.
Quero, portanto, neste momento, relembrar o ano passado, quando neste sertão sofrido, o Presidente da República, o eminente General Emílio Garrastazu Médici, em Recife, na memorável reunião da SUDENE, quando veio aqui no sertão, conhecer o sofrimento do povo e quando ele convocou o Banco do Brasil e determinou que o Banco do Brasil apresentasse sua colaboração para minorar o sofrimento do sertanejo sofrido e o Banco do Brasil pode apresentar a Resolução 167.
Com esta resolução, podemos colaborar para que ficassem retidos nas fazendas de mais de 250 mil trabalhadores. Trabalhando para tirar algum proveito da catástrofe da seca, beneficiar as zonas rurais, evitando o êxodo para os centros urbanos, evitando os êxodos para as frentes de trabalho.
Podemos aplicar nos sertões, mais de 40 milhões de cruzeiros, beneficiando 250 mil trabalhadores do campo. E podemos fazer mais do que isso. Através da “composição de dívida”, dos agricultores, podemos recuperar para o trabalho, recuperar para a agricultura, 50 mil rurícolas, que estavam endividados e que se não tivessem, naquele momento, a assistência de Crédito, a composição de suas dívidas, através de cinco anos, não poderia hoje o gerente de Araripina, o gerente de Crato aqui presente como os gerentes de todo o sertão, dar a boa notícia de que hoje o Banco do Brasil recebe de que financiamos uma safra abundante.
Esses homens, no ano passado, estavam, praticamente à beira da catástrofe e hoje trazem uma safra rica, hoje criaram novas riquezas.
A nossa presença aqui em Araripina, neste novo edifício, demonstra a confiança e a certeza do Banco do Brasil de que os recursos que o Governo Federal aqui implantou hão de reverter em riquezas, hão de reverter em bens para a população do sertão.
Senhor Governador Eraldo Gueiros, mais do que nunca, uma honra a sua presença nesta solenidade. Ela tem um significado muito especial. Significa a identidade de princípios, a identidade de objetivos como ontem, no governo antecessor de V. Excia. no dinâmico governo do Dr. Nilo Coelho. Representa a identidade de princípios e de objetivos do Governo Federal como o Governo Estadual.
V. Excia. como disse eu em Palmares, há poucos dias e aqui repito no sertão pernambucano, é uma honra para o Banco do Brasil colaborar com o Governo de V. Excia. e esta casa, este banco um instrumento do seu governo, porque conhecemos como todo o Brasil conhece o padrão moral que representa V. Excia. O padrão de cultura jurídica, o padrão de serenidade, de amor e de justiça e – mais do que isso – o inquebrantável desenho de trabalhar pelo bem-estar do seu povo. Por isso Sr. Governador, o Banco do Brasil será um instrumento do seu governo. E quando V. Excia. se retira do governo, o Banco do Brasil deseja também receber os aplausos pelo sucesso e por tudo de bom que deixará ao povo de Pernambuco.
Finalizando minhas palavras, quero reafirmar o que disse o nosso gerente: “Esta casa é a casa do povo de Araripina, Exu, Ouricuri e de toda a jurisdição que esta agência representa – é a Casa de trabalho. Esperamos que, o ato simbólico – que foi o hasteamento da Bandeira Nacional – queira demonstrar a característica do Banco do Brasil: um banco de ação voltado para os interesses do país. Bando que vive, existe para criar o desenvolvimento econômico do bem-estar social do nosso país.
Desejo que as bençãos das igrejas que aqui foram lançadas que inspirem nossos funcionários, que inspirem aqueles que usam nosso crédito, para que aquela riqueza que for gerada com recursos do Banco do Brasil, possa beneficiar a todos, desde o maior empresário ao mais humilde homem do campo. Muito obrigado a todos”.
(Discurso de improviso do Dr. Camilo Callazans, Diretor Regional do Banco do Brasil, na inauguração da sede própria da agência do Banco do Brasil de Araripina).
Blog do Paixão