Cirilo Mota minimizou a possibilidade de filiação de Raquel Lyra ao partido: “quase impossível”
Por Ricco Viana/Folha de Pernambuco
Ao repercutir a notícia do Jornal O Globo de que a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), poderia se filiar ao Partido dos Trabalhadores para concorrer à reeleição em 2026, o presidente do PT do Recife, Cirilo Mota disse que a possibilidade disso ocorrer é “quase impossível".
Questionado qual a chance da filiação ocorrer, Cirilo disse:
“Nenhuma. A resposta disso é a ida de João Campos à reunião com Lula. Tá bem claro que o PT vai caminhar com a Frente Popular. Raquel Lyra sinaliza mais para o PSD do que para o PT”.
Embora o ministro da Casa Civil, Rui Costa, seja um dos principais defensores da ideia, Cirilo foi categórico ao afirmar que o ex-governador da Bahia não interfere nas decisões do partido em Pernambuco.
“Rui Costa é ministro, cuida do governo. Quem cuida sobre eleição é o partido. Ele vai cuidar da Bahia, possivelmente, mas em Pernambuco tem diretório estadual e tem diretório nacional”, pontuou.
Sobre as declarações do deputado estadual João Paulo, que defende que o PT integre a base de Raquel Lyra, Cirilo minimizou a representatividade do parlamentar no diretório estadual.
“João Paulo fala por ele só, ele só tem um voto: o dele. Ele estava fora do PT em 2018. João Paulo ocupa vaga no diretório estadual porque é o líder da bancada, mas ele não tem representatividade no diretório estadual”, concluiu o presidente do PT recifense.
Deputado estadual rebateu as declarações de Cirilo Mota: “no PT nem mando eu, nem manda ele”
Por Ricco Viana
Deputado estadual João Paulo (PT) - Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco
O deputado estadual João Paulo (PT) respondeu às críticas feitas pelo presidente do PT do Recife, Cirilo Mota, que minimizou sua representatividade no diretório estadual e descartou qualquer possibilidade de aproximação do partido com a governadora Raquel Lyra (PSDB). João Paulo destacou que as decisões no PT são tomadas de forma coletiva.
“Ele está totalmente equivocado. O PT decidiu logo no início do governo ser oposição de Raquel, mas isso não é feito nem por Lula, nem pelos ministros, nem pelos senadores, nem pelos deputados estaduais ou federais. Então, já que não há essa oposição, não tem porque manter uma coisa explícita que não é a verdade”, afirmou João Paulo.
Sobre a afirmação de Cirilo de que o encontro do prefeito do Recife, João Campos (PSB), com o presidente Lula afastaria uma possível aproximação do PT com Raquel Lyra, o deputado destacou que o presidente municipal não manda no diretório nacional.
“Ele fala pelo PT nacional? Não existe isso que ele está dizendo. Por sinal, o prefeito queria a todo custo se comprometer em apoiar Humberto para o Senado, desde que o PT já decidisse apoiar ele para governador. Humberto foi muito claro que não poderia se comprometer porque isso ainda vai ser parte da estratégia nacional do partido. A gente só vai discutir 2026 em 2026”.
Por fim, João Paulo também reiterou que nenhuma liderança individual dita os rumos do partido.
“No PT nem mando eu, nem manda ele. O PT é fruto de decisões coletivas”, enfatizou.
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