Justiça acolheu pedido de
prisão temporária de um dos suspeitos do crime, apontado como o dono de veículo
visto na cena do crime
Por Bruno Tavares, g1 e TV
Globo
Corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi encontrado nesta quarta-feira (5) em uma área de mata em Cajamar — Foto: Reprodução
A Polícia de São Paulo prendeu,
na tarde deste sábado em Cajamar, um dos suspeitos de matar
a adolescente Vitória Regina de Sousa. Mais cedo a Justiça de SP acolheu
pedido da polícia e decretou a prisão temporária (por 30 dias) de Maicol
Antonio Sales dos Santos, investigado como o dono
do veículo prata visto na cena do crime.
A polícia tinha pedido a prisão
temporária de um segundo suspeito, Daniel Lucas Pereira, mas a Justiça
negou. Autorizou, no entanto, busca e apreensão em sua residência.
A juíza decretou a prisão
temporária devido a "fortes indícios" de envolvimento no crime e
contradições em seu depoimento. Relatos de testemunhas ouvidas na investigação
indicam que Maicol estava próximo ao local dos fatos e seu carro foi visto na
cena do crime. Nestes depoimentos, foi relatada movimentação suspeita em sua
casa na noite do desaparecimento de Vitória.
No caso de Daniel Lucas
Pereira, o pedido de prisão temporária foi negado, pois a única conexão
direta dele com o caso foi uma fotografia do carro de Maicol. Seu depoimento
foi considerado colaborativo, sem indícios de que pudesse obstruir a
investigação.
A juíza autorizou buscas nas
casas de Maicol e Daniel para localizar objetos relacionados ao crime, como
armas e outros elementos utilizados para a prática do crime. Também foi
autorizada a quebra do sigilo de dados telemáticos de dispositivos eletrônicos
apreendidos.
Contradições
Segundo a decisão, Maicol afirmou
à polícia que, na noite do crime (26 de fevereiro), estava em casa com sua
esposa. A mulher, no entanto, declarou que passou aquela noite na casa da mãe e
que só viu uma mensagem de "boa noite" de Maicol às 23h30, indicando
que não estava com ele naquele momento.
Vizinhos informaram à Polícia que
notaram movimentação incomum na casa do suspeito. De acordo com esses
depoimentos, Maicol entrou e saiu da garagem várias vezes, e disse que o carro
estava "bom", o que levantou suspeitas.
Outro fato suspeito é o de que o
Toyota Corolla prata de Maicol passou a noite guardado na garagem, o que era
incomum, uma vez que o homem deixava o carro estacionado na rua.
Agentes da polícia científica fazendo coletas de digitais em um dos veículos encontrados. — Foto: Giba Bergamim/ TV Globo
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