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Opinião: Enfim, despertou do sono


Por Magno Martins

A ida do deputado estadual Kaio Maniçoba (PP) para a Secretaria de Turismo pode ser interpretada como uma leitura de que a governadora Raquel Lyra (PSD) se convenceu, finalmente, da necessidade de se dobrar ao jogo da política, com vistas a se fortalecer na batalha pela reeleição, em 2026.

A pasta de Turismo já está na cota do PP, partido comandado pelo deputado federal Eduardo da Fonte, nome especulado para disputar uma das vagas ao Senado, mas o parlamentar acertou com Raquel trocar Paulo Nery, atual secretário, por Kaio, para fazer um gesto com o ex-prefeito de Araripina, Alexandre Arraes, abrindo na Assembleia Legislativa a vaga de Kaio para Roberta Arraes, esposa do ex-gestor da capital do Araripe.

Eduardo da Fonte tende a ocupar mais espaço na gestão de Raquel por um outro motivo: na composição da federação partidária PP e União Brasil, a ser oficializada provavelmente entre hoje e segunda-feira, a presidência estadual da federação será entregue a Eduardo e não a Miguel Coelho, que responde pelo partido. PP e União Brasil passam a ter a maior bancada na Câmara, com 106 deputados.

Naturalmente, Eduardo se cacifa e ganha muito mais poderes do que já tem hoje, enquanto Miguel só tem como alternativa buscar, em tempo hábil, outra legenda, porque não ficará refém do PP nem tampouco passa pela sua cabeça migrar para o campo de Raquel, abandonando o projeto majoritário de João Campos, provável adversário da governadora.

Se a governadora confirmar a ida de Miguel Duque, filho do deputado Luciano Duque (SD), para o IPA, confirmará que saiu, verdadeiramente, da letargia em que se encontrava no campo da política, até porque já abriu outra frente de apoios de olho na reeleição, o Avante, do ex-deputado Sebastião Oliveira, o Sebá. Seu irmão, o deputado federal Valdemar Oliveira, o Dema, indicou o empresário Rodrigo Martorelli para administrador da ilha de Fernando de Noronha.

OLHO NOS PREFEITOS – Quanto ao Avante, a governadora não soma nenhum voto na Assembleia Legislativa porque o partido não elegeu nenhum estadual. Seu olho grande, entretanto, está nos prefeitos. Nas eleições municipais, a legenda elegeu 8 prefeitos, entre os quais o de Gravatá, Padre Joselito, que era do PSB, 11 vice-prefeitos e 112 vereadores. Ela espera ter apoio consensual do partido para o projeto da sua reeleição. Com a palavra, Sebá, que flerta com a candidatura de João Campos.

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