Por Guilherme Camilo / Foto: Reprodução
A corrida contra o tempo parece espremer ainda mais a governadora Raquel Lyra. Com 2026 no horizonte e uma sombra política de João Campos crescendo na sua dianteira, a gestora decidiu colocar as engrenagens para funcionar e pressionou, nesta semana, tanto sua base como a Alepe. Em uma reunião com seu secretariado, o tom foi de cobrança e urgência, para sua gestão ganhar mais visibilidade, em um ano decisivo para qualquer gestor que busca se reeleger. Já para o legislativo, as redes sociais foram palco de uma indireta intencional.
As mudanças feitas esta semana não só tratam de entrega para a população, mas também de disputar espaços com um adversário que, igualmente, vem se fortalecendo nos bastidores e crescendo nas pesquisas.
Mas João Campos não é seu único desafio. A relação com a Alepe se deteriora. Com base esvaziando o plenário, em aparente movimento orientado pelo Palácio, oposição em pressão constante e projetos travados, o clima é de impasse. Os pedidos de empréstimo considerados cruciais para garantir as obras exigidas ao secretariado seguem sem votação. A oposição pede esclarecimentos. Raquel pede urgência. Com o recesso e o trabalho remoto da Casa, a crise tende a se arrastar.
A disputa entre Executivo e Legislativo parece que deixou de ser silenciosa. A governadora utilizou as redes sociais para soltar indiretas para a Alepe, na tentativa de reverter o jogo. Ao que parece, a tentativa é evidenciar a falta de apoio dos parlamentares em prol dos pernambucanos e evitar ser engolida nesse cerco político que quer inviabilizar sua gestão, colocando a população ciente dos "culpados" pela ausência de políticas públicas.
Blog do Paixão