Todo dia fico à espreita para observar essa cena tão distante dos tempos modernos e tão singular para um registro tão saudosista.
Tudo foi registrado sem nenhum dos personagens perceber, para não tirar a magia e o encanto daquele homem - não sei se o avó, o pai, não importa, e daquela criança sendo levada no bagageiro - o que chama a atenção, pelo menos do editor deste, é se imaginar na época em que não existiam tantos automóveis, tantos veículos e em que as pessoas não podiam comprar nem uma monark para se deslocar para onde o destino mandasse.
Claro, que a desigualdade social era bem mais distante da realidade atual, mas o intento não foi esse de tentar qualificar um momento tão sublime com condições financeiras ou retativizar um tempo com ou outro.
A ideia aqui é voltar ao nosso tempo de infância em que todos iam buscar os filhos na escola ou a pé ou de bicicleta como a cena tão inimaginável nas mudanças de comportamentos comtemporâneos que faz-nos desbruçar sobre a importância de tanta coisa simples que muitas vezes nos esquecemos o grande valor que elas têm: como o passeio daquelas duas pessoas, circulando por entre motos, veículos modernos e tanto progresso que só mesmo uma viagem no nosso tempo nos faz entender a importância e a beleza daquele instante.
Por Everaldo Paixão
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