Os dados são do estudo "Perdas de Águas 2025", do Instituto Trata Brasil. Segundo o levantamento, mais de dois milhões e 100 mil pessoas seriam potencialmente atendidas com redução das perdas de água em Pernambuco
Por Diário de Pernambuco
Pernambuco perde 41,79% da água tratada durante o processo de distribuição hídrica. O dado posiciona o estado como o 15° que mais desperdiça água no país. É o que aponta o estudo “Perdas de Águas 2025”, do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta segunda (24). O levantamento é feito com dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), referentes ao ano de 2023.
A taxa de perda de água durante a distribuição hídrica de Pernambuco está acima do indicativo nacional, que é de 40,31% de perdas, segundo o estudo. O recorte engloba todas as formas de água que são perdidas e não chegam ao consumidor final.
O “Perdas de Águas 2025” aponta, ainda, que, por dia, Pernambuco perde o equivalente a 441 piscinas olímpicas, que corresponde a mais de um bilhão de litros de água. Somente no Recife, o montante perdido corresponde a 82,96 piscinas do mesmo porte, o que atenderia a 429.344 pessoas.
Perdas em ligação de água
Ainda conforme os dados do Instituto Trata Brasil, Pernambuco perde, diariamente, 401,02 litros de água por ligação hídrica ativa. No quesito, o estado também é o 15° que mais perde água. Esse dado diz respeito à perda hídrica que ocorre em uma conexão de usuário legítima.
Conforme o estudo, mais de dois milhões e 100 mil pessoas seriam potencialmente atendidas com redução das perdas de água no estado.
"Em meio ao avanço das mudanças climáticas e ao agravamento das secas e dos eventos extremos, o país desperdiça 40,31% da água tratada antes mesmo que ela chegue às torneiras. Levantamento mostra que as perdas nas redes somam 5,8 bilhões de m³ por ano — volume que poderia abastecer cerca de 50 milhões de pessoas — e expõem a fragilidade dos rios e mananciais em um cenário ambiental cada vez mais crítico", diz o Instituto.
O ranking mostra ainda que Alagoas apresenta a pior situação do país, com uma taxa de perda de 69,86%. Já Goiás tem o menor índice, apenas 25,68%.
"A edição de 2025 do Estudo de Perdas de Água reforça, a partir dos dados do SINISA (2023) a urgência de reduzir os níveis de ineficiência nos sistemas de abastecimento público no Brasil", ressalta a conclusão do estudo.
O que diz a Compesa
O Diario de Pernambuco procurou a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para comentar o estudo do Trata Brasil, mas até o momento, não obteve resposta.




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