Em coletiva, nesta sexta (5), polícia informou como desvendou crime de criança, achada morta em cacimba. Fernando Brito foi indiciado por assassinato. Uílma Ferreira teve relação com ocultação do cadáver
Mareu Araújo / Por Diário de Pernambuco
Esther Isabelly Pereira da Silva tinha 4 anos - Foto: Arquivo Pessoal
A Polícia Civil explicou, nesta sexta (5), como desvendou o assassinato de Esther Isabelly Pereira, de 4 anos, em outubro de 2025, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife.
Fernando Brito, de 31 anos, e Uílma Ferreira, 33 anos, que estão presos desde a época em que a menina foi achada dentro de uma cacimba, foram indiciados pela polícia.
Ele foi indiciado por homicídio e ocultação de cadáver. Ela foi indiciada por ocultação de cadáver.
Fabiano Lima, de 27 anos, também preso, não teve indiciamento, segundo a polícia, que não conseguiu comprovar o dolo dele no ato de ocultação.
Em entrevista coletiva, na sede da corporação, no recife, os delegados esclareceram que havia DNA de Esther na parede e no piso do quarto de Fernando.
A casa dele fica nas proximidades da residência da família da garota, no bairro do Pixete.
A delegada Juliana Bernat afirmou que o DNA no quarto de Fernando é a "prova cabal" do envolvimento dele no assassinato da criança.
A polícia revelou, ainda, que ao contrário do que foi levantado na época, não houve lesão sexual na menina.
A corporação descartou a possibilidade de o crime ter relação com um suposto ritual religioso, como foi levantado na época.
Os delegados não deixaram clara a motivação do crime.
- afirmou a delegada."Fernando tinha um histórico de agressividade, já agrediu a Uilma algumas vezes. Tinha um histórico de usar drogas. Quando ele usava e ingeria bebida alcoólica, ele ficava completamente transtornado e muito agressivo. Então, já é mais um indício”,
Para o crime, a polícia concluiu que ele usou um "instrumento contudente", que não foi possível ser identificado durante as perícias por conta da degradação do local do crime, após as manifestações.
Agora, segundo os policiais, ele "terá que cooperar" com as investigações e dizer o que o levou a matar a criança.
Detalhes
Sobre Fernando, a delegada afirmou que uma das questões que mais chamou a atenção é o fato de Fernando ter deixado a moradia logo após o crime.
"O dono da casa tentou tirar ele de lá durante dois meses e ele não saiu de jeito nenhum,. Então, logo depois do crime, ele pega as coisas e vai embora", disse.
Na entrevista, a delegada Juliana Bernat disse que Fabiano foi muito coerente nos dois depoimentos.
“Ele só chegou em casa por volta das 18h, depois que tu já tinha acontecido. As pessoas pediram pra entrar na casa e ele deixa. Ele diz que ajudou Uilma a lavar”, afirmou a policial, que comandou o inquérito.
Ela disse, ainda, que Fabiano mandou mensagem para Uílma, pelo celular: “Mulher, acho que o teu ex-marido que fez isso”.
Fernando e Uílma tiveram um relacionamento, que acabou antes de o crime ter acontecido.
A delegada observou que Fabiano lavou o quarto que estava sujo de sangue. “Ele não sabia que estava lavando um quarto onde aconteceu um crime”, disse.
A policial informou também que Uilma começou a se desfazer dos móveis. “ E ajudou Fernando a fugir”.
Participação de Uílma
A delegada informou que Uílma teria sido a primeira pessoa a entrar no quarto para fazer uma limpeza.
“Ela sim pode ter visto algo mais. Uílma a todo momento mente. Diz que não entrou na casa para lavar, mas todas as testemunhas que eu ouvi falaram que ela entrou na casa com Fabiano para fazer a lavagem do quarto”, observou.
Para a delegada, um fato chamou a atenção.
“Uílma começou a se desfazer dos móveis de Fernando.Isso para mim é uma conduta muito suspeita, porque ninguém deixa uma uma geladeira, uma cama, um fogão e doando ou botando fogo.”





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