É de causar preocupação e espanto como a população e as autoridades competentes vêm tratando a nossa cidade e porque não dizer todo o município. É normal sacolas, copos descartáveis, embalagens de diversos produtos fazer parte da nossa paisagem, além de também ser normal encontrarmos lixo em terrenos baldios e espalhados pelas ruas. Os cães vadios (que são milhares) contribuem ainda mais para o aumento do caos, e são também o retrato do abandono e que junto com outros animais que os donos resolveram fazer de boa parte da nossa cidade pasto particular os responsáveis pela desordem que aqui se instalou.
É comum as pessoas jogarem lixo nas ruas e essa prática eu já observei de
diversas formas, desde lixo arremessado pelas portas dos veículos até o
costumeiro ‘lanche móvel’ sacudido em qualquer canto das ruas, numa atitude
irresponsável de gentes mal educada.
Fiquei a espreita certo dia numa sorveteria e observei alguns jovens que seriam
os responsáveis diretos por as mudanças que faria do nosso ambiente um lugar mais
limpo, cuidando, incentivando e conscientizando as pessoas a cuidar do espaço
em que vivemos, são na verdade mais uma soma do absurdo praticado de forma
escancarada para o aumento da sujeira e do caos implantado. Terminada a
observação, pude perceber que nenhum dos jovens se preocupou em jogar o lixo em
local adequado. Lançaram-no à rua sem se preocupar com a sujeira do local que
já estava bastante poluído.
Cada pessoa é responsável pelo lixo que produz, assim preconiza a lei, mas isso
não acontece num desrespeito flagrante ao meio ambiente. O lixo comum produzido
é jogado nas ruas, assim como entulhos de construção, garrafas plásticas e de
vidro, latinhas de cervejas e de refrigerantes, sacolas de toda cor, e toda
imundície que retrata a nossa ignorância. A mosca azul já é moradora freqüente
das nossas casas, atraída pela fedentina do lixão que se transformou nossa
cidade.
É triste ser testemunha de flagrante que nos transportará para um futuro em que
o ar, a terra e a água, não poderão mais ser usufruídas pelas futuras gerações,
pois foram contaminados pelas práticas absurdas e degradantes da geração atual.
E as autoridades? Podem fazer alguma coisa? Claro, dizem um velho ditado “quem
não vem com amor, vem pela dor”, é mais ou menos assim, e nesse caso específico
aplicar a lei seria a forma mais viável. No início teria uma impacto negativo
principalmente para os que querem atrair voto do povo da pior forma, depois
esses votos seriam multiplicados quando os resultados aparecesse, e nesse
resultado teríamos uma cidade limpa e passaríamos a usar os meios de
comunicação em uma parceria com a prefeitura convocando a população para ser
vigilante com aqueles que joga nas ruas desde um papel de bala, copo
descartável, sacolas plásticas, bituca de cigarro, latinhas de refrigerantes,
embalagens de produtos (de pipoca e outros) e outros que são descartados de
forma irresponsável, tornando a cidade suja e feia para que mais tarde possamos
dizer: eu sou civilizado e minha cidade é limpa e ordeira, graça ao povo que nela
mora.
Pode ser um sonho, mas acredito muito que pode vir a ser real.
Texto Reformulado de Everaldo Paixão, que foi publicado no Jornal Gazeta Ouro
Branco em dezembro/2011.
Blog do Paixão