OPINIÃO: POLÍCIA OU BANDIDO?

Teremos futuramente mais medo da polícia do que de bandidos?

Ainda podemos confiar em homens de fardas já que antigamente eles eram o nosso suporte para nos sentir seguros?

Essas são indagações que pelo menos quem já passou pela truculência e falta de conhecimento de lei, de respeito e da real função de policiais.

- Seu pai é um traficante. Essa foi à abordagem feita por policiais do GATI a uma criança de 06 anos, que agora necessita urgente de acompanhamento psicológico.

A abordagem foi feita quando fora efetuada a prisão do pai do menino minutos antes, por atividades ilícitas. Reviraram a residência para tentar encontrar vestígios (lembrando que na residência tem dois idosos) e evidentemente agindo o tempo todo como se todos fossem naquela família bandidos.

E todos nós sabemos que a conduta e as normas adotadas por alguns policiais, muitas vezes acatadas por ordem superior, com a prática da indução, da arbitrariedade, da pressão psicológica e outras abominadas pela sociedade, tem sido uma constante noticiadas muitas vezes pela imprensa brasileira.

Os Termos Circunstanciais de Ocorrências – TCOs, muitas vezes são feitos sob a opressão e a fragilidade de quem é pego em malfeito (isso evidente nós abominamos), o que não concordamos é a maneira dos procedimentos praticados por policiais despreparados e que tem feito da farda e da arma que carrega no coldre, a sua lei.

A abordagem nas ruas de Araripina por policiais em alguns relatos, que não se pode comprovar, principalmente porque as pessoas têm medo de denunciar, visto que acreditamos existir um obstáculo que faz do cidadão refém do medo e da impunidade, são estarrecedoras. Um certo dia de filmadora em mão tentando registrar uma abordagem truculenta da polícia a dois motoqueiros (eles estavam sem capacetes e vestiam macacões amarelos – de uma empresa que prestava serviços nos canteiros de obras do município), fui impedido por minha esposa de fazer tal registro. Observei e percebi nitidamente que os rapazes apanhavam na cara, enquanto os policiais gritavam termos de baixo calão. Em seguida um dos policiais seguia na moto que guiava os motoqueiros sem capacete, enquanto os motoqueiros seguiam a pé.

Todos nós conhecemos aqueles que fazem parte de um contingente de policiais que são pagos pelo contribuinte para dar proteção e segurança as pessoas, e não para disseminar o medo e o ódio, causando insegurança, falta de confiança e antipatia. Sabemos da procedência de todos e muitas vezes somos testemunhas de conversas em que se contam barbaridades e atrocidades de membros de uma corporação que devia ter toda uma reputação ilibada.

Não é preciso generalizar quando se fala em funcionários corruptos, relapsos, transgressor dos direitos e das leis, pois em toda categoria seja, saúde, educação e polícia, existem os que não merecem o respeito de uma sociedade decente e pacífica.

A credibilidade dos policiais hoje em números chega a igualar com a dos políticos.