Eu preciso me insurgir contra ideias que traz um linguajar tosco que em verdade não tem nada a ver com o sentido de “fazer política” e sim politicalha das mais baratas. E como dizia Rui Barbosa – “Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam com a outra. Antes se negam, se repulsam mutuamente. a política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada”.
Os
conselhos que li em um “blog nativo” devia muito bem servir de autoajuda e podiam
ser reproduzidos e transformados em cartilha, porque são opiniões de quem se
mostra experiente “em fazer política”, cintando passo a passo os caminhos que
um candidato (no caso explicitado – deputado estadual) pode seguir. É um
tremendo espetáculo de bizarrice, ironia e asco, e uma grande falta de bom
senso e respeito com o eleitor da nossa comunidade araripeana.
Para a
política o homem é um meio, para a moral é um fim. A revolução do futuro será o
triunfo da moral sobre a política - Ernest Renan.
Não podemos mais enganar o eleitor, ele enxerga no político as esperanças de uma gente sofrida.
As
contradições do “conselheiro político ou sábio” são perceptíveis e não é
preciso ser gênio para identificá-las, porque são erros ou comentários
grosseiros que mais parecem um roteiro de quem teve por uma espécie de súbito
um apagão ético. E como sabemos que o mesmo antes fazia previsões proféticas e
com sentido que podemos entender e sem querer ser demagogo dizer que o lado do
poder às vezes nos faz emburrecer.
Não é
preciso fazer referências preconceituosas
de que moramos aonde o sol faz a curva, porque aqui ele nasce majestoso
e muitos não têm esse privilégio. Não é preciso ser tão enfático em dizer que
se fazer política é preciso fazer que gosta de conviver com as dificuldades de
nossa gente apenas para lucrar com sua miséria. Não é preciso conhecer as aspirações
do nosso povo sofrido porque será mais uma forma enganosa de tirar votos,
porque todos já sabem dos nossos problemas e só os criam a cada quatro anos.
Nós
sabemos de tudo isso que publicara, e não foi preciso muito concentração para
entender que o autor se esbaldou em repúdio a uma gente que gosta das coisas simples,
da novena, das missas, da cachaça, da cerveja gelada enterrada na areia, do
futebol de várzea e de tanta coisa simples que é a cara e o jeito de viver do
povo sertanejo.
Pena que
esse jeito simples e humilde ainda não conseguiu distinguir que o périplo dos políticos
que é feito de quatro em quatro anos, é apenas para iludir e enganar aqueles
que os recebe com satisfação e esperança.
Quanto às
informações a cerca de quem manda e quem deve obedecer, ele pode sim estar
certo. Liderança política hoje em Araripina chama-se Alexandre Arraes (PSB), e
ele tem cacife para indicar um candidato a Deputado Estadual e até federal, mas
precisamos (parafraseando Robert
Stevenson) entender que a política é talvez a única profissão para a qual
se pensa que não é preciso nenhuma preparação, e isso politicamente se falando,
Arraes tem feito, agora na prática que são os efeitos reais da ação política,
me desculpem os seus aliados, é muito pouco para uma alavancada de vitórias.
Blog do Paixão