Destaquei o comentário do facebook (que evidente estava na minha linha do tempo) para tentar compreender o que significa gestão moderna.
A visão de uma
Administração lenta, burocrática e pouco eficiente está perdendo lugar para uma
nova forma de gerir os recursos públicos. Com a introdução do princípio da
eficiência no rol de princípios constitucionais a serem observados pela
Administração Pública, fez-se necessário que os gestores públicos adotem novas
técnicas de administrar, utilizando-se de práticas advindas da iniciativa
privada, sempre, é lógico, dentro da estrita legalidade.
A Constituição Federal, em seu artigo 37, elenca os princípios que norteiam a Administração Pública. Até 1998 os princípios elencados no citado dispositivo legal eram legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, porém, com a reforma administrativa levada a efeito na década de 90, o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional nº 19 que acrescentou o princípio da eficiência ao rol já existente.
O tema gestão, cada vez mais avança produzindo importantes inovações em quase todos os campos (planejamento e orçamento governamental, processos e estruturas, pessoas, licitações etc)
Nesse sentido, entendemos que a construção de um novo modelo de gestão estratégica para a administração pública no Brasil precisa levar em consideração três dimensões: o contexto, a estratégia, o modelo de gestão e a gestão de pessoas. Nesse esforço, é importante não desconsiderar as rápidas mudanças que estão ocorrendo na sociedade, especialmente o nível de cidadania da população brasileira, que exige eficiência, eficácia, efetividade e transparência na aplicação de recursos públicos. Fica evidente, assim, para cumprir o seu papel de forma adequada, que a administração pública precisa criar as condições necessárias para garantir os direitos constitucionais dos cidadãos.
Extraído do Artigo: A Gestão Pública sob o novo paradigma da eficiência
- de Maria Denise
Abeijon Pereira Gonçalves
Aí então entram as características de um bom gestor
público que inclui desde credibilidade técnica, carisma, motivação, gosto pelo
diálogo (democrático), poder de decisão, serenidade, organização, foco, para
que ele assim assuma o compromisso de lidar com um novo método inovador de
administrar a coisa pública.
Apesar do texto que serviu de celeuma para uma
discussão acirrada dos internautas (opositores e defensores) parecer contemporizador,
assumindo uma posição paralela e nem tanto definido, o que me chamou mais
atenção, foi o comentário do irmão do prefeito quando atribui a gestão do governo
municipal aos novos rumos de uma administração moderna.
Outro ponto que me chamou atenção foi o relato de
um internauta cognominado de PMA Araripina em que ele fala que tem a melhor
gestão da história do município, evidenciando que não precisa de aprovação
popular porque ele mesmo já se decidiu por julgamento próprio quem é o melhor.
O que eu queria entender sem querer ser condescendente
ou tolerante com alguém e sem estabelecer acordo é indagar sem ficar batendo
boca com apaniguados e bajuladores (são pagos mesmo para defender os seus
salários gordos) o irmão do prefeito, para que ele defina além do que já fora
citado no cabeçalho deste artigo, o que é realmente uma GESTÃO MODERNA?
Se os salários são pagos em dia, não deixa de ser
uma obrigação do patrão com os seus funcionários. Se existem obras por todo
canto (que não consigo enxergar com essa amplitude inimaginável) é porque são
necessárias. Agora há de convir, que os cegos bem pagos perderam a visão e a capacidade
de vir o óbvio.
As ruas já não são mais novidades porque já nos
cansamos de relatar em nossos artigos suas condições. O lixo que além de não
bem acondicionado pela população, também não tem sido coletado de maneira
correta pelo poder público, o que tem criado um aspecto de sujeira pela cidade.
A saúde de caos já virou comodismo. Faltam medicamentos básicos, controlados
para atender a demanda de pacientes especiais, falta respeito ao usuário do
Sistema Único de Saúde. A educação em números fantasiosos de crescimento, não é
o mesmo que causa inconvenientes aos professores e alunos da rede municipal. A nossa
infraestrutura é esse gargalo que tem servido apenas de balela para secretário
falastrão e fanfarrão, que tem ser preservado no cargo para garantias de suas
vaidades. A nossa cultura nem sei para que serve, pois, o que vemos são eventos
criados esporadicamente e sem um sentido maior para o engrandecimento dos
nossos valores, costumes, crenças e história. O nosso São João, marca de o
maior e melhor São João do interior pernambucano, a cada ano tem sido desolador
por apresentar-se medíocre e cheio de denúncias que demonstram falta de zelo
com os recursos públicos. E enfim,
esgotos estourados que têm decorados os nossos logradouros, pedaços de madeiras
fincados em buracos servindo de alertar para transeuntes, ruas afundandos devido
a obras de calçamentos malfeitos, animais soltos como se vivêssemos ainda no
século XIX e tantos outros problemas que o gestor não mostra nenhum interesse de
apresentar soluções, é uma demonstração de GESTÃO MODERNA?
E a falsa serenidade que todos que fazem parte do
ciclo partidário que afirmam ser uma peculiaridade do nosso prefeito, é uma
marca de uma GESTÃO MODERNA?
E a forma arbitrária que tem lidado no seu modelo
gestor com a imprensa livre, com os servidores que não votaram nele, com o
sindicato dos servidores municipais, sem busca para um diálogo e um
compromisso, é um modelo de GESTÃO MODERNA?
Fico impressionado e com medo da própria imprensa
que montou um esquema que faz a propagada midiática do governo municipal e fica
procurando denúncias e problemas em outros municípios, que são os mesmos do
nosso. Os de lá essa imprensa chapa branca faz questão de denunciar e abrir
os espaços para os reclames da população. E tudo isso manobrado pelo poder
executivo. Isso também é um modelo de GESTÃO MODERNA?
Portanto, caro Ricardo, como eu não estava lá para
afirmar que ecoou uma sonora vaia, que
uns garantem não ter ouvido, mas uma maioria confirma o fato, deveria servir de
reflexão para uma mudança de administrar, respeitar, moldar e transformar a
gestão no que realmente o senhor afirmar já ser uma realidade.
A manifestação do povo e uma busca incessante dos sentimentos
das classes populares da qual o senhor chama de populismo e diz estar em baixa,
ainda é presente quando a satisfação, os seus anseios e as suas vontades não
são cumpridas. E não adianta ficar procurando culpados e batendo palmas para os
que partem em defesa dos interesses meramente pessoais, porque o resultado das
urnas podem também não expressar o sentimento da vontade popular, mas a prova
de que “comprar a dignidade” das pessoas, serão apenas paliativos para
massagear o ego de quem está no poder. Isso não é GESTÃO MODERNA.
E o princípio da eficiência, da transparência, da legalidade, da impessoalidade e da moralidade onde estão sendo contemplados nessa gestão que se diz moderna?
Vocês estão tentando enganar a quem?
Boa leitura.
Blog do Paixão