Foto: Rafael Diniz
Todo articulista precisa de
inspiração para criar os seus pontos de vista e isso tem sido a minha fonte,
porque além de ser um relaxado formador de opinião jornalístico, sem câmera e
sem nenhum outro apetrecho que me garanta subsídios necessários para a
atividade, sou um pouco relapso em não participar amplamente dos movimentos
políticos que são em verdade um festival de informação para a nossa
criatividade.
Por isso as caronas que pego
com os meus amigos da imprensa, tem sido substancial para a montagem dos meus
artigos e a que fez referência ao Vereador Tião do Gesso, serviu-me com mote
para esta opinião.
Eu até entendo o sentimento do
nobre vereador do Partido Republicano – Sebastião Lacerda – o conhecido “Tião
do Gesso”, às vezes como membro da imprensa livre também me sinto assim, desenganado
por uma luta que parece solitária. E como o vereador, iniciou uma luta errada,
pautada no seu poderio econômico e que evidente não obteve o retorno que ele esperava
e os resquícios do que bem poderia ter sido uma campanha limpa, começam a ser
colhidos. Talvez o distinto representante do povo, por inexperiência política
ou partindo da premissa de que “quem não mete a mão no bolso não se elege” resolveu
aderir a uma velha prática que só tem construído um país corrupto e cada vez
mais desacreditado. Eu acho que o tiro saiu pela culatra. Primeiro que ele
acreditava nas promessas do seu candidato majoritário, que a primeira
providência foi dar-lhe uma tremenda rasteira, quando foi para decidir quem
presidiria a Câmara de Vereadores. Não foi ele. Segundo: que ele não tem sido ouvido
perante o Gestor Municipal – tem muito mais suplente tendo mais voz e vez do
que o próprio Tião.
Então vai um conselho:
Decida-se. Ou o nobre vereador é situação ou vira oposição de vez. As oportunidades
que o seu cargo podia muito bem lhe trazer com a simpatia do prefeito a sua
causa já ruiu, e acho improvável que algo de mudança aconteça para lhe criar
novos ânimos com o que a política trouxe de desilusão.
Agora é preciso sim firmeza
nas atitudes, porque talvez como uma desilusão amorosa que qualquer homem de
fibra consegue superar, as adversidades na política também são assim. O tempo
nesse caso é longo, mas mágico. Se não deu como situação, quem sabe assumindo
uma oposição não será mais vantajosa e talvez um pontapé para uma guinada mais
longe. Só depende do nobre vereador.
O vereador Tião do Gesso
precisa sair dessa zona de desconforto, ser mais atuante, exigir mais atitude
do governo municipal, já que dar demonstrações de que não tem credibilidade
diante da situação e necessita urgente ser uma voz ecoante numa casa que ele
resolveu entrar pela porta da frente para falar pelo povo.
Outra que tenho percebido nas
minhas frequências irregulares à casa do povo: Camila Modesto ainda não
incorporou totalmente o perfil de oposição, e isso só tem criado mais abertura
para os “fracos” representantes do poder executivo em defesa de seus interesses
e do prefeito.
É preciso uma aproximação maior do quinteto para fortalecimento da oposição na Câmara Municipal.
E tenho dito.
Blog do Paixão