Infelizmente todo político tem
uma tendência pela vaidade pessoal e isso pode levar um grupo coeso, ao seu
total esfacelamento.
O grupo
liderado pelo prefeito Alexandre Arraes atualmente, consegue aglutinar um
grande número de políticos que em sua maioria, perdeu a capacidade de persuasão
e de atrair muitos votos, mas que mesmo assim devido essa aglomeração política
transforma-se num algo volumoso por motivo do ajuntamento.
Muitos
deles são políticos oriundos da oposição porque também perderam espaço e
prestígios no cenário local e regional, e são motivados também pelas as
facilidades e oportunidades que sempre tiveram no poder público. Não vou citar
nomes para não deixá-los enfezados.
Eles formam
hoje um grupo que o seu líder frisa constantemente como uma entidade homogênea,
que pensa no mesmo projeto e tem o mesmo intuito, com a obviedade de que não se
deve contrariar o “chefão” porque ele é quem tem a chave do cofre. Esse grupo é
mantido e não é segredo para ninguém, pela força do poder, de cargos que são
distribuídos, das benesses, dos prêmios e das promessas que também são cumpridas.
Os liderados defendem o comandante, mesmo que o cenário atual de nosso
município seja essa amostra real do estado debilitado, caótico e depredado e
quase ou tão problemático quando a cena anterior. Tudo parece tão tranquilo
para esse grupo, que a população e o poder executivo é como se sofresse um
processo simbiótico. A justiça também não tem atrapalhado ou cumprido o seu
papel, então, eles navegam em nuvens de plumas e paetês. Livres, leves e
soltos.
Não existe
mais uma oposição articulada e os cidadãos desta terra, necessitam ser
contaminados pelo sentimento opositor e essa voz precisa surgir da oposição.
Não existe apenas um lado que manda e outro que obedece. Isso parece acontecer
naturalmente.
O grupo
de oposição que bem poderia ser liderado tanto pelo atual Deputado Raimundo
Pimentel, quanto por Lula Sampaio, criando robustez principalmente com a
derrota da Dra Socorro, fato que bem serviria para mais união, está
visivelmente esfacelado. E foi dividido em três grupos: o de Pimentel, o de
Lula e de Aluízio Coelho, que não é um nome descartável e sim forte, para dar
uma cara nova a toda essa velhice política ultrapassada. Nesse caso aí sim a simbiose
seria ideal para juntar o velho com o novo, a experiência com a juventude, a
vontade com o desejo e criaria essa tão sonhada oposição que não tem ganhado
corpo e cada dia fica mais raquítica.
Lula
tem o seu candidato a deputado estadual, Raimundo Pimentel perdeu parte desse
eleitorado que é simpatizante de Sampaio e o Dr. Aluízio Coelho atrai boa parte
dos eleitores que nem votam com o candidato apresentado por Lula e nem em
Pimentel. Enquanto isso o grupo liderado por Arraes, já se fortalece para o
futuro, especificamente para as eleições municipais de 2016, é óbvio, que tudo
depende do pleito estadual: se Câmara for eleito, bom para Alexandre, se
Armando sair vitorioso, ruim para Arraes e bom para Sampaio. Nesse gancho,
Aluízio Coelho também terá o seu espaço garantido. É quando entrará em cena a
velha raposa política que sempre foi: Raimundo Pimentel, que preferencialmente
tem o desejo de lançar o nome da esposa: Dra. Socorro em 2016. Até lá, o grupo
precisa se articular, se unir, marchar junto, para que realmente o candidato da
oposição entre numa disputa para ganhar. Para isso é preciso primeiro
conquistar os dissidentes que não pretendem aderir ao grupo de Arraes, mas que
estão insatisfeitos com aqueles que sempre levantou a bandeira.
Aí
surgem nomes fortes da política local que também podem servir de vitamina energética
para dar massa muscular ao grupo: Maria Augusta, Darticleia, Camila Modesto e
seus seguidores, saído das fileiras dos desiludidos com o grupo de Arraes, são
nomes fortes e não desprezíveis que pensam em seguir carreira solo, mas que
devem pensar num fortalecimento de um todo, para o engrandecimento da oposição.
Tudo
isso evidente, só pode acontecer, se as vaidades pessoais forem deixadas
guardadas num baú, porque o que precisa agora é de uma situação que acaba com
essa letargia que atualmente estamos presenciando.
Todos
sabem que não tem direita sem esquerda, situação sem oposição e grupo homogêneo
sem o heterogêneo. É aí onde está o perigo. É aí onde eles se gabam de formar
um grupo único e com o mesmo pensamento.
É por
tudo isso que faço essa reflexão, para não deixar de externar o pensamento, as
minhas opiniões e os meus sentimentos. Só um grupo mandando, podemos correr o
risco de perder o poder da liberdade de expressão e vocês podem até ficar
pensando, mais como assim?
Isso
não é um incógnita meus caros leitores, é vero.
Blog do Paixão