Foto Oficial do Partido Socialista Brasileira (Convenção Araripina)
Campos morreu dia 13
de agosto de 2014, num trágico acidente com um avião – o Cessna 560 XL – e isso
foi exaustivamente noticiado pela imprensa brasileira.
Isso nos fez como
editor deste blog, evitar fazer comentários principalmente sobre a exaltação de
político agregador, a cara da renovação política, democrata, obstinado,
admirado, odiado, que metia medo em seus
adversários e exigia submissão dos aliados, enfim, muita coisa que para alguns
não passava de um verniz que escondia uma face opressora de tirano e coronel
como postou a Revista Britânica – The Economist.
Apesar de um
currículo sem muitos arranhões, e de sete anos e quatro meses que o transformou
no melhor governador do Brasil, em que iniciou uma educação revolucionária e
inovadora e com um estado avançando num desenvolvimento jamais visto, a própria
derrota dele apontada em Pernambuco, dava a dimensão da síndrome do flamengo: “UMA
TORCIDA QUE AMA, A OUTRA QUE ODEIA”.
Não aceitava ser
chamado de nepotista acreditando que todos os cargos ocupados por parentes estavam
em cumprimento com a lei. Gabava-se de o estado governado por ele ser o
primeiro a aprovar uma lei contra o nepotismo. Quanta ambiguidade.
Os seus adversários
achavam que ele controlava tudo em Pernambuco (TCE, MP) e os aliados tinham
certeza. Ganhou a pecha de “amável mafioso”.
Campos deixa um
legado político invejável e um trono para ser ocupado pelos três reizinhos,
uma rainha mãe e uma princesa para dar continuidade a Monarquia Federativa.
Além de um irmão que pode apenas ser coadjuvante nessa história.
E aqui em Araripina?
Como fica sem a proteção do primo gigante?
Todos após a morte de
Eduardo Campos já circulavam por aí com o peito adesivado estampando a cara de
Marina Silva. E agora? A maior beneficiária com o sumiço precoce de Campos
iniciou uma guerra declarada e pública aqueles com quem ela não aceita ordem e
desacatos e que claramente eram a favor do projeto “Campos” e que discordam de
alguns pontos do projeto “Marina”.
Agora encabeçando a
chapa e se sentindo mais confortável em apontar o dedo em riste de candidata da
sustentabilidade, os eleitores verdes (laranjas), podem começar a refletir
sobre o destino de um país que não se pode desistir nunca, entregue a quem está
se desentendendo antes mesmo de assumir o palácio.
Enquanto isso no
reino bem distante, no semiárido nordestino, na terra do gesso antes batizada
de Princesa do Sertão, a orfandade dar lugar a incerteza e a insegurança. A candidata
Roberta Arraes (PSB), que tinha como padrinho político e acredito, conselheiro, o mestre Campos, primo do seu esposo, o
prefeito, deve perder o norte que guiava a sua campanha política, pretende
evidente usar o nome do ex-governador e candidato a presidência da República,
para continuar com a pretensa intenção de chegar a Assembleia Legislativa do
Estado – ALEPE. Só que precisa agora ser mais cuidadosa e cautelosa, porque os
cabos eleitorais que buscam o voto a
voto, principalmente os que acham que “voto se compra a toda hora e de qualquer
cidadão” – estão dando muita bandeira, agora que sabemos que não existe mais
aquele para passar a mão em erros cometidos na campanha. Não estou afirmando
nada, só estou fazendo um alerta.
Outro ponto que gostaria de frisar, e como me sinto a vítima desse abuso de poder, a perseguição política e o assédio moral, também pode tornar um candidato inelegível.
Blog do Paixão