Um assunto que mexe muito
com o que eu penso de liberdade de imprensa que inclui o direito de ir e vir (o
livre arbítrio) e da abertura que um profissional tem de falar sem censura e
sem as amarras que alguma coisa o impeça de emitir um parecer sobre algo, pode
não ser o pensamento de todos. Isso evidente é uma ação subjetiva.
Tenho muito respeito pelos
colegas que fazem jornalismo, mas me sinto na obrigação de não considerar
intrínseco a ligação dos profissionais jornalistas e seus respectivos meios de comunicação, com vinculação
contratual ao poder público. Isso notadamente o torna um mensageiro das regras
impostas e deixa de prestar um serviço útil aos anseios do leitor e da
população. Ele nunca pinta um quadro cinzento e tem sempre a visão de túnel.
Portanto só me entristece
o patrocínio revelado do fortalecimento do coronelismo eletrônico, das milícias
midiáticas que agora, tem se encorpado nas mais novas ferramentas inforcomunicativa
– os blogs, que muitas vezes são criados com o verdadeiro intuito do benefícios e das vantagens pessoais. E o vínculo com os poderosos do turno, tem sido a
ferramenta principal de ascensão desses profissionais, que podem muito bem
buscar outras fontes para a sobrevivência (publicidade com os serviços privados) e se esquivar das ofertas do
dinheiro público que tem o interesse de calar quem devia exercer o seu
verdadeiro papel - livre, leve e solto.
O contrato da imprensa
(aqui quase toda recebe cachê para se calar diante dos desmandos) com a
prefeitura (o que tornar público já é um absurdo) tem um caráter e um sentido
óbvio: não falar mal da gestão do prefeito, mesmo que ela não concorde com os
acontecimentos que têm deixado à população desestimulada e descontente.
Fala-se mal da companhia
de água, da empresa de energia, dos prefeitos dos outros municípios, da
corrupção no país, e nós acabamos de comprovar que comungamos diretamente com
toda essa desordem. Nesse caso eu exemplificaria um tripé para demonstrar o meu
verdadeiro interesse e paixão pelo jornalismo:
CIDADÃO, JORNALISTA E
FUNCIONÁRIO PÚBLICO.
Como cidadão que vota, que
tem suas pretensões pessoais, suas opiniões, seus candidatos, enfim, o
passaporte para suas escolhas;
Como jornalista que
consegue escrever com imparcialidade, sem paixão, que só opina sobre como votar,
que não faz menção ao patrocínio de nenhum político, que também publica o que
os políticos não gostam de ver publicado, mas que reverencia e respeita o seu leitor;
Como funcionário público
que preza pela função que exerce e que gosta da ética, que é austero e
incorruptível.
Esses três são um só. Que
divide, que é distinto, que é implacável, mas que recomenda a separação de cada
um, para os princípios democráticos e da liberdade serem respeitados. E nós que
fazemos o jornalismo temos que seguir essa linha de pensamento, do contrário o
que fazemos não passa de um negócio.
E tenho dito.
Blog do Paixão