
O controle dos votos sob o manto do poderio dos órgãos públicos foi a força motriz para alavancar e deslanchar muitas candidaturas que conseguiram chegar ao poder impulsionados por eles.
Em Araripina, especialmente tratando do tema e que tenho essa propriedade e o entendimento para exemplificar detalhadamente e dar um contorno com a veracidade fatual, pode retratar essa realidade baseada em conversas informais.
A candidatura da primeira dama pode servir-me de guia para clarificar o quanto o comando de certos órgãos públicos importantes e notórios, nas mãos de pessoas avessas a proximidade com o eleitor e seus comandados, pode transformar uma vitória em derrota.
Muitos são categóricos em usar o termo “MÁQUINA DE VOTOS” quando se referem à Gerência Regional de Educação – a GRE Sertão do Araripe. E para muitos ter essa regional no controle para a distribuição de contratos é uma arma poderosíssima para transformar esses instrumentos em votos reais, mas é preciso carisma e uma ação exercida com liderança (muitos o fizeram) para que esses votos sejam convertidos em resultado – afirma alguns.
Oprimir, obrigar e não CONSQUISTAR aqueles que praticamente querem ser solidários, agradecidos e livres, pode ser um grande erro, considerando as opiniões e comentários dos que já viveram essa experiência. Um tiro que pode sair pela culatra.
Obs: Quando me refiro especificamente ao órgão citado, não quero de maneira alguma compactuar com a compra de votos (sou totalmente contra) o amordaçamento do eleitor, mas reflito apenas sobre uma realidade corriqueira em eleições e que nem só a instituição citada, mais tantas outras, serve de arrimo para garantir a manutenção ou acordos que favorecerão futuros candidatos que têm o controle sobre diversas entidades governamentais. O tema apenas me serviu de base para externar uma realidade praticada por décadas em nossa região.
Outro exemplo bastante lembrado e que podemos citar como o mais próximo da realidade carente da população é o CENTRO DE SAÚDE DE ARARIPINA – O POSTO DE SAÚDE – Sede, que tem como suas extensões o TFD – o Departamento de Tratamento Fora do Domicílio e a Secretaria de Transportes da Saúde.
O Posto de Saúde (velho conhecido nosso) faz muito tempo é controlado por um aliado do prefeito, aliás, aliado sempre do prefeito do turno (não consigo entender a sua mágica de sedução), que transforma a unidade em extensão de sua casa.
Quase todos os antigos funcionários, principalmente os que tem vínculo estatutário, foram convidados a se retirar, e os motivos constrangedores, sempre avalizado pelo gestor municipal, vão desde perseguição política, humilhação e mentiras intencionais. São votos perdidos e nunca conquistados.
E muito além desses absurdos, todos são tratados com desdém, desde que se submetem ao servilismo, alguns poucos tornam-se aliados e compactuam dos serviços sujos que cria um clima de desconfiança e de desunião, que deixa transparecer um ambiente onde todos andam pisando em ovos. São votos perdidos e não conquistados.
Os prováveis suspeitos (usuários e contribuintes) são barrados em suas necessidades preconizadas pela legislação do SUS e pela nossa constituição que nos garante assistência a saúde. Um batalhão está sempre a posto para fazer o trabalho de descartar os “pretensos suspeitos” – assim determinado por ordem da chefia. Votos perdidos.
Obs: Esses fatos narrados foram baseados em depoimentos de usuários, ex-funcionários da Unidade, políticos e outras fontes.
Como tantos outros órgãos vitais, as secretarias municipais são também consideradas as Máquinas de fazer votos, pois ficam no controle do poder municipal e são inchadas em época de eleição para servir de amparo para os beneficiários que levantarão a bandeira de apoio ao candidato do prefeito.
Todos os contratados são convidados gentilmente a ceder um período do seu tempo precioso para fazer o porta-a-porta, muitos deles sem experiência, outros que de forma truculenta consegue a proeza de irritar o eleitor e as vezes o resultado de tudo isso, serviria para uma ampla discussão para que todos tivessem um raciocínio lógico de que essa prática ultrapassada, precisa ser repensada. O resultado dessa última eleição pode servir de base.
Os cabos eleitorais (vereadores, suplentes de vereadores, candidatos derrotados, ex-prefeitos) esses sim, que muitas vezes são bonificados com valores superiores a capacidade de atrair votos, são mais uma desse emaranhado político que precisa de modo consciente ser repensado, pois, bem pagos não conseguem surtir o efeito desejado porque o povo já começa a enxergar melhor e compreender que o “bolso cheio” não é o dele.
A próxima eleição vem aí. 2016 vem aí.
Sempre escuto de eleitores, de políticos, de cabos eleitorais, que campanha se faz com muito dinheiro, com muito apoio e um palanque recheado de estrelas políticas.
O palanque do gestor atual, não tinha todas essas credenciais?
Não era protagonizado por estrelas de grandeza da nossa política local e regional?
O que faltou ao palanque estelar?
Tinha uma comissão de frente preparada?
O povo acordou ou houve traição?
Tirem suas conclusões.
Boa Leitura.
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