Cartoom de Everaldo Paixão. 30.04.1995
A história deste cartoom é bem engraçada. Eu e um velho amigo, daqueles amigos para sempre, tivemos a ideia de num comentário sobre a construção do Estádio o Chapadão, fazer uma crítica, ironizando o local onde ele haveria de ser construído. Em verdade as obras estavam a todo vapor. Existia uma divergência de qual seria o nome ideal para o estádio: Chapadão ou Valmirzão?
Bem! Isso já é outra história.
O problema era que devido ao terreno ser muito rochoso,
era preciso detonar as maiores rochas com dinamite, o que evidente causava o
maior transtorno a comunidade da Cohab, que precisava evadir de suas casas, (ficavam
todos naquela parte mais elevada, próxima a rodoviária), até cessarem as
explosões, que ocorriam até três vezes por dia.
Uma chuva de pedra espalhava-se sobre a comunidade cohabense (o cartoom não mente). Era
um incômodo que irritava os moradores. A ideia então foi criticar a compra do
terreno, os seus beneficiários e tirar um barato da situação. Éramos o Charlie
Hebdo, no bom sentido, da época.
O que nós não esperávamos era que o cartoom
fosse parar na prefeitura. Um velho conhecido colega nosso, resolveu copiar a
charge e colocou várias cópias por debaixo da porta da Prefeitura antes do
expediente.
Foi uma celeuma geral e claro, a boataria e o alvo da empreitada recaiu
sobre o meu amigo.
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