“A melhoria da qualidade da gestão pública não é um desafio técnico, é um desafio de liderança”
Luiz Felipe D’Ávila
Queria
dizer ao iniciar essa crônica, que sempre que escrevo penso em como seria bom
que todo cronista pudesse ter um olhar excelso, uma visão ampla e uma realidade
dinâmica como o jornalista e escritor Afonso Henrique de Lima Barreto (grande
personagem da literatura brasileira), negro, que morreu aos 41 anos, mas nos
deixou um vasto legado. Estou encantado com a sua história e pretendo
aprofundar-me nos relatos.
O melhor
exemplo que podemos penetrar profundamente ao estilo Lima Barreto está bem
aqui, precisamente na Região ou é a própria Região do Araripe, onde esse
protótipo político, líder, democrata, austero, íntegro e zeloso do dinheiro
público, tem deixado uma lacuna e um vácuo que tem sido difícil de preencher.
Em sua maioria a população araripeana tem dado demonstrações clara de
insatisfações, e os gestores usam sempre as mesmas retóricas enfadonhas com
argumentos ultrapassados de culpar sempre a política de Brasília pelos
infortúnios dos municípios. Quando desejam sentar nas cadeiras das prefeituras,
os postulantes não vociferam sobre as dificuldades que irão encontrar, o
discurso é sempre de mudança, de facilidades e de maquiavelismo, claro, pois
são mentecaptos na hora de usar de artifícios evasivos, para enganar o eleitor.
Todos os
prefeitos que assumiram no dia 1º de janeiro de 2013, salvo exceção, já entram
para o terceiro ano de mandato sem atender as demandas das suas populações.
Saúde, educação e infraestrutura, o tripé importante para comprovar como anda a
situação das gestões nos municípios e sua própria saúde, tem sido um gargalo
que as prefeituras do Araripe não conseguem resolver e sempre usam a falta de
recursos, para os velhos “dribles de Garrincha”, para suas tiradas e saídas
meticulosas. A vida não anda nada difícil para alimentar o nepotismo regional.
Para isso nunca faltará dinheiro.
Então nos
perguntamos, quando é que a saúde financeira dos municípios ficará um dia
estabilizada?
Quando é que nunca faltarão nelas
tantos gafanhotos para abocanhar boa parte dos recursos que serviriam para
desenvolver os municípios?
E por que será que sempre estaremos
fadados a estagnação?
Falta o
desafio de liderança, aliás, falta essa liderança, que tem um olhar para o
povo, para o seu bem-estar, e para o desenvolvimento do seu município. Por
enquanto cada um escuta mais o primeiro bajulador que sempre o ladeia, para depois
de perder o rumo escutar o próximo que o abandonará.
Vamos
imaginar então que ainda existe uma luz no fim do túnel, porque os municípios,
os nossos municípios estão à beira do precipício, a um passo à frente.
Enquanto
isso os famigerados formadores de opinião, os colaboradores do tão malfadado
fracasso governamental, a mídia propagandista e beneficiária, que são os
verdadeiros inimigos do nosso povo, os “factoidianos” transformam a Região do
Araripe numa pintura de Michelangelo.
Boa Leitura.
Blog do Paixão