Chuva forte que tem caído no oeste do estado
provocou alagamentos em 14 cidades. Santa Maria da Vitória foi uma das mais
atingidas.
Rio Corrente
A chuva forte que tem caído no oeste da Bahia provocou
alagamentos em 14 cidades. Santa Maria da Vitória foi uma das mais atingidas na
cheia do Rio Corrente.
A água já está quase encostando na ponte que une as
duas cidades às margens do Corrente: São Félix do Coribe, de um lado, e Santa
Maria da Vitória, do outro. Há cinco dias, o rio, que é um dos maiores
afluentes baianos do São Francisco, começou a transbordar.
O limite máximo é do nível do rio é de 5 metros. Já
chegou a quase 4 metros e meio acima do normal; e continua subindo porque a
chuva não para. Para Santa Maria da Vitória, é tanta água que já inundou todo o
centro da cidade.
Nas ruas e praças, só se consegue passar de barco.
Órgãos públicos e bancos não funcionam. A água já encostou na igreja matriz e
invadiu a maioria das lojas da principal área comercial. “Uma parte tiramos
ainda com chuva e colocamos numa parte mais alta. Mas se continuar chovendo, se
vier uma enchente com dois metros de altura vai alcançar. Teremos prejuízo. O
problema não é esse. O prejuízo é a loja fechada”, afirma a comerciante Mirany
Carvalho.
Prejuízo também nos restaurantes e hotéis da
cidade. “Chegou a um ponto que tivemos que pedir para os hóspedes saírem porque
ficamos com medo da enchente e eles ficarem ilhados aqui”, diz Jacival Santos,
funcionário de um hotel.
Moradores foram obrigados a sair de casa. Alguns
não conseguiram nem salvar o que ficou no quintal.
Há 27 anos que o Rio Corrente não recebe tanta
água. “Há cinco dias, o rio estava quase seco. Com aproximadamente 40% da sua
capacidade de água. Hoje o que nós estamos vendo é uma enchente muito parece
com a que ocorreu em 1989”, lembra o radialista Eriveto Barreto.
Essas águas que estão descendo pelo Corrente causam
transtornos, mas vão aumentar a vazão do São Francisco e ajudar a aliviar a
seca no lago de Sobradinho.
Hotéis e restaurantes alagados
Do G1