Com pragmatismo, o governador Paulo Câmara (PSB) empossou nesta quinta (18) João Campos chefe de gabinete. Por si, foi cerimônia rara, dada a relação entre o cargo e notáveis presentes: senador, deputados, secretários. Confiantes no futuro de João Campos, vários estavam irritados ante a repercussão do caso nas redes sociais. O ex-governador Eduardo Campos (PSB), afinal, ocupou o mesmo cargo no segundo governo Miguel Arraes. Então, qual o problema?
João chega com o projeto de ser deputado federal em 2018. Na política, seu cargo é um rito de passagem. Seria diferente de Maria Eduarda, irmã de João empossada em um cargo técnico na gestão Geraldo Julio (PSB).
Sobre as reações, talvez sejam o choque da visão interna da política, da tradição e pragmatismo, e uma externa, do cidadão em mudança. Do eleitor já captado em pesquisas, o que rejeita a política e até rituais óbvios, tradicionais.
Ora, Eduardo, com sua sensibilidade, lá atrás captou essa mudança. Em 2012 lançou Geraldo no Recife. Em 2014 foi Paulo. Era a “nova política” do PSB. Ligada nas mudanças.
Giuseppe Tomasi di Lampedusa, na obra O Leopardo, narra uma época de turbulentas mudanças políticas na Itália. No livro, o sobrinho diz ao tio, ambos aristocratas, o porquê de se engajar naquilo ali: “Se queremos que tudo fique como está, as coisas têm que mudar”.
Em Pernambuco as coisas mudaram. E continuaram iguais.
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