Pesquisa da Lean Survey feita por encomenda de VEJA entrevistou 380 pessoas entre 15h e 17h deste domingo. A margem de erro é de 5,03 pontos percentuais
"Na sua opinião, caso a presidente Dilma deixe o cargo, qual a melhor alternativa para o Brasil?", uma das perguntas da pesquisa(VEJA.com/VEJA)
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este domingo, enquanto uma
multidão (1,4 milhão de pessoas, segundo a PM; 450.000, de acordo com o
Datafolha) ganhava a Avenida Paulista para protestar contra o governo Dilma,
VEJA.com e a startup Lean Survey promoveram uma pesquisa para entender
o que pensam e o que querem os manifestantes.
A
iniciativa é a primeira a revelar o perfil dos manifestantes: eles tinham idade
média de 44 anos e 82% têm ensino superior completo ou incompleto. Num dia
histórico - nunca tanta gente deixou sua casa para pedir mudanças nos rumos do
país - a pesquisa registrou não apenas o desejo de que a presidente Dilma
Rousseff deixe o poder, mas também a crença de 91% dos entrevistados de que ela
está diretamente envolvida no petrolão.
Também foi
possível aferir qual a alternativa preferida para uma transição: quase 80% dos
entrevistados preferem que uma nova eleição seja realizada - o que requer não o
impeachment, mas a cassação da chapa vencedora nas eleições de 2014, encabeçada
pela petista Dilma Rousseff e com o peemedebista Michel Temer como vice.
Substituto legal em caso de impeachment efetivado até o final do segundo ano de
mandato, Temer não entusiasma: é a alternativa preferida de apenas 11%.
Apesar de
a nova eleição ser o caminho favorito, 63% afirmam que ainda não têm um
candidato em mente. A crença na oposição não é forte: 63% disseram não
acreditar que a oposição esteja pronta para tirar o país da crise.
Os
entrevistados afirmam em maioria, pouco mais de 80%, que não veem risco à
democracia brasileira na substituição de Dilma pelas vias legais - impeachment
ou cassação da chapa Dilma-Temer na Justiça Eleitoral. Contudo, pouco mais de
64% acham que a saída de Dilma antes do fim do mandato, previsto para 2018,
pode desaguar em confrontos de rua entre simpatizantes e críticos de Dilma.
Para a
pesquisa, a empresa Lean Survey entrevistou 380 pessoas entre 15h e 17h deste
domingo. A margem de erro é de 5,03 pontos percentuais, para cima ou para
baixo. Os pesquisadores dividiram a avenida em nove setores, espalhando-se pela
via de forma homogênea. Como não havia dados sócio-demográficos prévios sobre
os participantes do protesto, os pesquisadores escolheram os entrevistados de
forma aleatória. A Lean Survey utiliza tecnologia mobile e crowdsourcing para
realizar pesquisas de campo. Recentemente, foi apontada pelo Movimento 100 Open
Startups como a empresa nascente mais atrativa do país.
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