terça-feira, março 01, 2016

Crescem as evidências da relação entre zika e Guillain-Barré

Um novo estudo francês com dados do surto do vírus na Polinésia mostrou que quase todos os participantes acometidos pela síndrome tinham a presença do zika no sangue

Mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue
Os autores do estudo estimaram que o risco de desenvolver a síndrome de Guillain-Barré após uma infecção por zika é de 2,4 casos para cada 10.000infectados. Embora pareça baixo, a probabilidade é bem maior quando comparada aos dados da Europa e dos Estados Unidos. Nestes lugares, o risco de desenvolver a síndrome após infecções como gripe ou dengue fica entre 0,1 e 0,2 casos para cada 10.000 infectados(Paulo Whitaker/Reuters)

Aumento de casos na América Latina - Assim como ocorreu na Polinésia Francesa em 2013 e 2014, houve um aumento do número de casos da síndrome de Guillain-Barré após o início do surto de zika na América Latina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o registro da doença no Brasil foi superior a 100%, em especial em quatro Estados do Nordeste: Alagoas, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte. O aumento total da incidência do problema no país foi de 19% em 2015, em relação a outros anos.

Ainda segundo a OMS, também houve aumento dos casos do distúrbio neurológico em outros quatro países da região: Colômbia, El Salvador, Suriname e Venezuela.

Síndrome de Guillain-Barré - A síndrome de Guillain-Barré é uma doença do sistema nervoso que causa paralisia temporária. Considerada de caráter autoimune, ela pode surgir em qualquer momento da vida e ser desencadeada após uma infecção viral ou bacteriana. Em geral, os sintomas progridem entre três e quatro semanas, quando começeam lentamente a regredir. A condição pode deixar sequelas em 20% dos pacientes e matar 5% dos acometidos.

(Da redação)

Postar um comentário

Blog do Paixão

Whatsapp Button works on Mobile Device only

Start typing and press Enter to search