A condução coercitiva autorizada pelo Juiz Sérgio Moro para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestasse esclarecimentos na 24ª Fase da Operação Lava-jato, e que a Polícia Federal esteve logo cedo no prédio onde ele mora em São Bernardo dos Campos, no ABC paulista, para conduzi-lo até ao aeroporto, gerou tanto em frente ao prédio como no aeroporto, uma confusão generalizada entre os que apoiam o ex-presidente e manifestantes que aplaudiram a ação da justiça.
Virou um tremendo confronto o que para alguns especialistas, menos aS atitudes agressivas e os confrontos físicos, fazem parte dos atos democráticos e republicanos. Para alguns a condução coercitiva no caso do ex-presidente Lula, que está sendo investigado pela lava-jato não era necessária, e que a autorização deve ser encaminhada a testemunhas que não querem falar quando solicitada pela justiça.
O que quero destacar como um ponto de vista subjetivo são as palavras “democracia” e “república” que no momento em que se prendem figurões da grandeza política de Lula, elas são tidas como atingidas, feridas, afrontadas e o estado de direito atacado em sua forma mais perversa. Não adianta o senador Aécio Neves (PSDB), figura desprezível se aproveitar da situação e posar de salvador da pátria, porque um dia desses ele aplaudia com os seus correligionários o atual presidente da Câmara dos Deputados – Eduardo Cunha (PMDB) simplesmente por ser oposição. Não adianta atirar pedra só no PT se aqui em Pernambuco o PSB usa de artifícios parecidos para controlar com poder soberano um Estado que virou uma capitania hereditária, uma oligarquia dos campos. Não adianta o vice-governador, o grande contemporizador, diplomata, dizer que o partido dos trabalhadores virou uma organização criminosa para assaltar o país, porque fecharam os olhos, todos eles, para a Operação Paradise que mobilizou a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União aqui em Araripina, só porque a prefeitura envolvida no caso, que inclusive, trataram o tema como formação de quadrilha, está nas mãos de um socialista.
Perguntei ao nobre vice-governador o que ele tinha a dizer do caso e ele simplemente saiu com a velha máxima das raposas políticas “QUE AS PALAVRAS TÊM PODER” (porque lhe é conveniente), e só, acreditando que o formador de opinião ia dar-se por satisfeito.
O ex-presidente Lula indignado se sentiu um prisioneiro por ter sido levado coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal. E nós aqui brasileiros, vítimas dessa crise avassaladora devemos ficar como?
Lula, Aécio, Renan, Eduardo Cunha, Alckmin, Mendonça Filho, e outros tantos, têm muita coisa a esconder e isso tem sido normal para a República e a Democracia brasileiras. Só para exemplificar, quando fora perguntado sobre o caso de Cunha que o Supremo Tribunal Federal transformou em réu em função de denúncias apuradas na lava-jato, um deputado rindo respondeu que na casa mais de duzentos parlamentares respondem a processos na justiça, talvez pelos mesmos crimes.
Aqui tanto quanto em Brasília os bobões ficam compartilhando as baboseiras quando esquecem que bem aqui, pertinho da gente, existe uma quadrilha que está sendo investigada ou não, porque no país por enquanto justiça só funciona se importar de Curitiba.
Mesmo que os tendenciosos digam que ela está a serviço da direita ou das elites brasileiras, quero acreditar que não. E também quero acreditar que mesmo fora da prefeitura de Araripina, um dia vou está vivo para presenciar esses senhores que estão destruindo a nossa “querida terra” sentados no banco dos réus.
Tem um deles aí, que pode contar essa história.
Tem um deles aí, que pode contar essa história.
Mas também tem muita gente calada que assimilou bem o ditado "quanto pior melhor". E que soframos, para alguém se beneficiar.
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