No total, há 1,5 mil vagas para soldado da Polícia
Militar de Pernambuco. Foto: JC Imagem
A Secretaria de Defesa Social (SDS) revelou nesta
manhã (31) detalhes do esquema criminoso que tentou fraudar o concurso da
Polícia Militar de Pernambuco. De acordo com as investigações, candidatos
pagaram R$ 2 mil para ter acesso aos gabaritos, cujas respostas seriam passadas
através de pontos eletrônicos. Caso fossem aprovados na primeira etapa, que
aconteceu no último domingo, os candidatos teriam ainda que pagar mais R$ 30
mil ao dono do cursinho, através de empréstimo consignado.
No total, 14 pessoas foram presas, entre elas
professores contratados para esponder as questões antes do término das
provas – para que as respostas fossem repassadas aos candidatos que
pagaram. Em acordo, os professores receberiam cerca de R$ 2 mil pelo serviço. Fábio
Correia de Paiva, de 40 anos, dono de um cursinho no bairro do Ibura, seria o
líder do esquema criminoso, que contava ainda com a participação de duas
mulheres. Era ele quem contratava os professores e fazia os pagamentos.
De acordo com o coordenador geral da comissão de
concursos do Instituto de Apoio à Fundação da Universidade de Pernambuco
(IAUPE), Gledeston Emereciano, ninguém chegou a receber o gabarito oficial.
Ainda segundo ele, todas as tentativas de fraude foram frustradas e o concurso
está mantido.
Protesto
Por meio das redes sociais e do aplicativo
WhatsApp, candidatos que participaram da primeira etapa do
concurso organizam uma reunião para discutir supostas irregularidades na fiscalização e até
fraudes registradas em vários prédios onde as avaliações foram aplicadas.
O encontro está previsto para a tarde desta terça-feira (31), na
Praça do Derby. O grupo deve solicitar apoio do Ministério Público para que o
caso seja investigado.
Boato
Em nota oficial, a SDS informou que o concurso está
mantido. A IAUPE/CONUPE, organizadora do certame, ainda não se pronunciou
sobre a polêmica. Nessa segunda-feira, uma imagem de uma falsa nota oficial
circulou nas redes sociais dando conta de que as provas haviam sido anuladas.
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