Após empossar
ministro, ele falou pela 1ª vez como presidente em exercício.
Peemedebista disse ainda que há urgência em 'pacificar e unificar' o país.
Filipe Matoso, Fernanda Calgaro e Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
O presidente em
exercício Michel Temer afirmou nesta
quinta-feira (12), em seu primeiro pronunciamento como substituto de Dilma Rousseff no comando do Palácio
do Planalto, que irá manter os programas sociais da gestão petista – como Bolsa
Família, Pronatec e Minha Casa, Minha Vida –, prometeu aprimorar a gestão da
máquina pública e falou em promover reformas sem mexer em direitos adquiridos.
Temer assumiu
interinamente a Presidência na manhã desta quinta, após o Senado aprovar, por 55 votos a favor e 22 contra, a
instauração do processo de impeachment de Dilma. Logo depois de a petista ser
intimada sobre o afastamento, o vice-presidente foi notificado da decisão dos
senadores.
"Reafirmo,
e faço em letras garrafais, vamos manter os programas sociais. O Bolsa Família,
o Pronatec, o Fies, o Prouni, o Minha Casa, Minha Vida, entre outros, são
projetos que deram certo e terão sua gestão aprimorada. Aliás, mais do que
nunca, precisamos acabar com um hábito no Brasil em que, assumindo outrem o
governo, você destrói o que foi feito. Ao contrário, você tem que prestigiar
aquilo que deu certo, complementá-los, aprimorá-los", destacou o
peemedebista.
Ao longo dos 28
minutos de discurso, o presidente em exercício também disse que, atualmente, há
urgência em "pacificar a nação" e "unificar o Brasil".
Contas públicas
Michel Temer também afirmou que, além de melhorar o ambiente de negócios no país para o setor privado produzir e gerar emprego, é necessário restaurar as contas públicas.
Michel Temer também afirmou que, além de melhorar o ambiente de negócios no país para o setor privado produzir e gerar emprego, é necessário restaurar as contas públicas.
Segundo ele, o
corte de ministérios já feito em seu governo é parte das medidas de
reequilíbrio fiscal. O peemedebista já anunciou 22 ministros, mas pode fechar
as nomeações na Esplanada dos Ministérios com 24 pastas. Dilma mantinha
atualmente 32 ministérios.
“A primeira
medida nessa linha está, ainda que modestamente, aqui apresentada. Já
eliminamos vários ministérios da máquina publica e ao mesmo tempo nós nao vamos
parar por aí”, afirmou, sem detalhar se outras pastas serão cortadas."
“De imediato,
precisamos também restaurar o equilíbrio das contas públicas, trazendo a
evolução do envidividamento do setor público de volta ao patamar de
sustentabilidade. Quanto mais cedo formos capazes de reequelibrar as contas públcaas,
mais rápido consehuiremos retomar o crescimento”, declarou.
Em seu
discurso, Michel Temer afirmou que não falaria em crise, mas que trabalharia
para superá-la. “Vamos trabalhar. O nosso lema, que não é de hoje, é ordem e
progresso. A expressão da nossa bandeira não poderia ser mais atual com se hoje
tivesse sido redigida”, disse o peemedebista.
Segundo o
presidente em exercício, foram encomendados estudos para eliminar cargos
comissionados e funções gratificadas. Ele afirmou, no entanto, que manetrá
“todas as garantias que a direção do Banco Central hoje desfruta para
fortalecer sua atuação na política monetária e fiscal”.
Investimentos
O presidente em exercício falou sobre a necessidade de o país recuperar a credibilidade para atrair mais investimentos. “O mundo está de olho no Brasil. Os investidores acompanham com grande interesse as mudanças em curso no país. Havendo condições adequadas, a resposta deles será rápida”, disse Temer.
O presidente em exercício falou sobre a necessidade de o país recuperar a credibilidade para atrair mais investimentos. “O mundo está de olho no Brasil. Os investidores acompanham com grande interesse as mudanças em curso no país. Havendo condições adequadas, a resposta deles será rápida”, disse Temer.
Ele também
sinalizou que pretende incentivar as parcerias público-privadas e reduzir o
papel do Estado na economia. “Sabemos que o Estado não pode tudo fazer”,
afirmou.
Segundo o
peemedebista, o governo a deve se concentrar em áreas prioritárias como
segurança e educação. “O restante [das áreas] terá que ser compartilhado com a
iniciativa privada, aqui entendida como a conjugação da ação entre
trabalhadores e empregadores”, afirmou.
Reformas
Michel Temer falou, em meio ao discurso, que pretende propor reformas em áreas "controvertidas", como previdência e trabalho, para tentar garantir o “pagamento das aposentadorias" e gerar empregos no país. Ele, entretanto, assegurou que nenhuma reforma irá mexer em direitos adquiridos.
Michel Temer falou, em meio ao discurso, que pretende propor reformas em áreas "controvertidas", como previdência e trabalho, para tentar garantir o “pagamento das aposentadorias" e gerar empregos no país. Ele, entretanto, assegurou que nenhuma reforma irá mexer em direitos adquiridos.
Segundo o
presidente em exercício, quando toda vez que propuser mudanças estruturais
nessas regras previdenciárias e trabalhistas será motivado “pela compreensão da
sociedade brasileira”. Por isso, observou, precisa de uma base parlamentar sólida
no Congresso Nacional que converse com a sociedade.
“Essa agenda
será balizada, de um lado, pelo diálogo, de outro, pela conjugação de
esforços”, prometeu Temer.
O peemedebista
ressaltou que “reformas fundamentais” serão fruto de desdobramento “ao longo do
tempo”.
“Uma delas é a
revisão do pacto federativo. Estados e municípios precisam ganhar autonomia
verdadeira, sob a égide de uma federação real, e não uma federação artificial
como vemos atualmente”, observou.
Posse dos
ministros
Em solenidade na tarde desta quinta no Palácio do Planalto, Temer deu posse a 22 ministros de seu primeiro escalão. Entre os novos integrantes do primeiro escalão estão Henrique Meirelles (Fazenda), Romero Jucá (Planejamento), Eliseu Padilha (Casa Civil), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e José Serra (Relações Exteriores).
Em solenidade na tarde desta quinta no Palácio do Planalto, Temer deu posse a 22 ministros de seu primeiro escalão. Entre os novos integrantes do primeiro escalão estão Henrique Meirelles (Fazenda), Romero Jucá (Planejamento), Eliseu Padilha (Casa Civil), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e José Serra (Relações Exteriores).
No início da
noite, o peemedebista irá à cerimônia de posse do novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
Gilmar Mendes.
Ao longo de
toda a manhã, Temer permaneceu no Palácio do Jaburu, residência oficial da
Vice-presidência, acompanhado de aliados e conselheiros políticos. A mulher de
Temer, Marcela, e o filho deles, Michel, desembarcaram na tarde desta quarta (11)
em Brasília, enquanto o Senado ainda discutia o pedido de impeachment de Dilma.
Enquanto Temer
recebia aliados no Jaburu, pela manhã, a presidente afastada Dilma Rousseff
também fez um pronunciamento no Planalto, logo após ter sido intimada pelo
senador Vicentinho Alves (PR-TO) sobre a decisão do Congresso Nacional. Dilma
voltou a dizer que o impeachment é "golpe" e que o afastamento dela é "a maior das brutalidades".
Em seguida, Dilma fez um discurso no pé da rampa do Planalto, a um grupo de
integrantes de movimentos sociais que decidiram apoiá-la. O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva a acompanhou.
Postar um comentário
Blog do Paixão