O governador Paulo Câmara ficou incomodado com a iniciativa do parlamentar e lembrou que Executiva nacional do PSB é contra a postura
Fernando Filho é ministro de Minas e Energia, mas Paulo Câmara não gostou da iniciativa do parlamentar de aceitar convocação de Michel Temer
JC Imagem
Franco Benites e Mariana Araújo
Além dos problemas decorrentes do afastamento do DEM e do PSDB, o PSB
tem um problema interno para solucionar. Embora a Executiva nacional do partido
tenha decidido que não teria cargos no governo Michel
Temer (PSDB), o deputado
federal Fernando Filho (PSB) ocupará a pasta de Minas e Energia.
Na prática, a iniciativa do parlamentar de aceitar o convite do peemedebista
representa mais um capítulo no duelo do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB)
com o governador Paulo Câmara (PSB) e o prefeito Geraldo Julio (PSB). Pernambuco só
perde para São Paulo como o Estado com maior número de cargos no governo Michel
Temer.
Vice-presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco já havia
declarado que era contra a ocupação de cargos no governo Temer. Ontem, no
Palácio do Campo das Princesas, ele reconheceu que a iniciativa de Fernando
Filho gerou incômodo. “Criar desconforto, cria. Sobre punição, cabe à Executiva
Nacional se pronunciar. Evidentemente, como filiado ao PSB, respeito as
decisões do partido. É importante que todos os filiados também respeitem”,
declarou.
Paulo também disse que Fernando Filho chega ao ministério como “cota
pessoal” de Temer, repetindo o que o presidente nacional do PSB, Carlos
Siqueira, já havia sinalizado. Porém, de acordo com interlocutores, a chateação
do governador com a família Coelho é grande. Agora, inclusive, especula-se que
ele pode dar o troco a Fernando Bezerra, não apoiando a candidatura do deputado
estadual Miguel Coelho à Prefeitura de Petrolina e apostando no projeto
eleitoral do também deputado estadual Lucas Ramos (PSB).
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