segunda-feira, junho 06, 2016

ECONOMIA: POUPANÇA TEM FUGA DE MAIS DE R$ 6 BI / DÓLAR RECUA QUASE 1%

Poupança tem fuga de R$ 6,59 bilhões, recorde para maio

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, saída de recursos soma 38,8 bilhões de reais, também recorde, segundo o Banco Central



Evasão de recursos ocorre em meio ao prolongamento da recessão no país(Renato Stockler/Folhapress/VEJA)

A retirada de recursos da caderneta de poupança superou os depósitos em 6,59 bilhões de reais em maio, a maior perda para o mês desde o início da série histórica, em 1995, de acordo com números divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). No mês passado, o total de aplicações no mês passado foi de 160,931 bilhões reais e o de saques, de 167,522 bilhões de reais.


No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a fuga de recursos da poupança superou os depósitos em 38,88 bilhões de reais, volume também recorde para o período. Em igual período do ano passado, a saída de recursos havia totalizado 32,28 bilhões de reais.

A evasão de recursos ocorre em meio ao prolongamento da recessão, do aumento do desemprego e da inadimplência. A baixa rentabilidade da modalidade mais tradicional de investimento frente a outras opções também tem influenciado este movimento.

A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) - esse cálculo vale para quando a taxa básica de juros (Selic) está acima de 8,5% ao ano e atualmente está em 14,25% ao ano.

No ano passado, 53,36 bilhões de reais deixaram a poupança, marcando a primeira vez em dez anos que os saques superaram os depósitos. Foi também a maior fuga de valores desde o início da série histórica do BC.


 (Da redação)

Dólar recua quase 1% e volta a ficar abaixo de R$ 3,50


Chance de mais demora na elevação dos juros nos EUA puxou a baixa da moeda americana nesta segunda(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O dólar voltou a ficar abaixo do patamar de 3,50 reais pela primeira vez em mais de três semanas após fechar em baixa de quase 1% nesta segunda-feira. Apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) demorará mais para elevar os juros justificaram o movimento. A moeda americana caiu 0,98%, a 3,49 reais, seu menor nível de fechamento desde 12 de maio.

Nesta segunda-feira, Janet Yellen, presidente do Fed, disse que aumentos dos juros provavelmente estão a caminho, mas deu poucas pistas sobre o momento dessas elevações. No último dia 27, Yellen havia afirmado que um aumento seria apropriado "nos próximos meses". "(Yellen) está dizendo aos mercados: tomem seus calmantes, não exagerem", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Economistas agora veem setembro ou possivelmente julho como o momento mais provável para um aperto de 0,25 ponto porcentual na taxa de juros dos Estados Unidos. Nos mercados de juros futuros, a aposta nesta segunda era de que o movimento deve ocorrer mais para o fim do ano.

A manutenção de juros baixos nos EUA tende a fortalecer moedas de mercados emergentes, como o brasileiro. Juros baixos nos Estados Unidos estimulam a compra de ativos de maior risco.

O Ibovespa, principal índice da Bovespa, caiu 0,37% nesta segunda, a 50.431 pontos. Na máxima do dia, o indicador subiu 0,6% e, na mínima, recuou 1,03%.

Operadores da bolsa consideraram o movimento da sessão como uma realização de lucros, já que permanecem incertezas em relação ao impacto das últimas delações da operação Lava Jato sobre o governo interino de Michel Temer. Nos três pregões até sexta-feira, o Ibovespa havia acumulado ganho de mais de 4%.

(Com Reuters)


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