Premiado,
o projeto apresentado pelos alunos em terras mexicanas conquistou espaço em
mais dois eventos científicos internacionais.
O grupo de cinco alunos iniciou os estudos sobre os alagamentos
no bairro há mais de dois anos, sob o comando dos professores de geografia Ruy
Parahyba e César Romero.
Foto: Guga Matos/ JC Imagem
Editoria de Cidades
Na manhã
da última segunda-feira (06) os alunos da Escola de Referência de Ensino Médio
Desembargador Renato Fonseca, localizada no bairro de Jardim Brasil I, em
Olinda, deram boas-vindas aos estudantes pernambucanos que participaram da
Exposição Latinoamericana de Ciência (ESI-AMLAT), na cidade de Mazatlán, no
México, na semana passada.
Premiado,
o projeto apresentado pelos alunos em terras mexicanas conquistou espaço em
mais dois eventos científicos internacionais.
Enquanto
a Região Metropolitana do Recife sofria com os efeitos da chuva, os alunos
Fagner Durack e Luciano Gomes, ambos de 17 anos, acompanhados pelo professor de
geografia Ruy Parahyba, apresentavam ao mundo o projeto "O geoprocessamento como ferramenta para
compreender os alagamentos no bairro de Jardim Brasil I", que
venceu a 21ª edição da Ciência Jovem, feira promovida pelo Espaço Ciência, em
2015.
O
trabalho ficou classificado entre os melhores e ganhou credenciais para o XI
Fórum Internacional de Ciência e Engenharia, que acontecerá em Santiago, no
Chile, e a Expo Science International, em Fortaleza, no Ceará, ambos em agosto
de 2017.
“É muito gratificante ver uma escola
pública receber esse reconhecimento, com todas as dificuldades. Isso faz com
que os jovens acreditem mais neles mesmos e na escola ”, defende Ruy. Para ele,
o projeto mostra aos alunos que a educação é capaz de transformar a realidade.
Cinco
escolas brasileiras foram selecionadas para o evento, sendo três delas do
Nordeste. "Nós fomos a única que apresentou o trabalho em espanhol.
Recebemos ajuda de outros professores e conseguimos uma parceria com o
Instituto Cervantes, para chegar lá com esse diferencial", conta o
professor.
Para
Luciano, o projeto representa algo muito maior. “Ele pode ser aplicado em
outras cidades do mundo. É uma sensação de felicidade, de dever cumprido”,
comemora o aluno do 3º ano, que pretende cursar Ciência da Computação, paixão
despertada pelo estudo feito na escola.
RECONHECIMENTO
Enquanto
os representantes do grupo de estudo (que é composto por 5 alunos)
apresentavam, no México, os resultados dos mais de 2 anos de trabalho, outro
prêmio foi recebido pelos alunos Joel Matheus de Oliveira e Andrey Albuquerque,
estudantes do 2º ano da escola, desta vez em solo brasileiro.
Os
jovens conquistaram o 2º lugar do concurso "Água: juntos vamos
preservar", uma parceria entre a Secretaria Estadual de Educação (SEE), o
shopping RioMar e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).
"A
importância de estar ali era muito grande. Éramos um pequeno grupo com muita
representatividade. Quando olhava para eles, eu não via dois alunos, mas sim a
escola inteira. Foi o nosso momento de reconhecimento", destaca o
professor de geografia César Romero que, ao lado de Ruy Parahyba, coordena o
grupo de estudantes.
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