Pinga-Fogo
/ JC
Jarbas Vasconcelos. Foto: Antonio Araújo /Câmara dos Deputados
O deputado federal Jarbas Vasconcelos
(PMDB-PE), um dos fundadores do partido peemedebista – e uma dos maiores
críticos contra o presidente afastado da Câmara Federal, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) -, comemorou a decisão do Conselho de Ética tomada nesta terça (14). O colegiado
aprovou a cassação de Cunha por 11 votos a 9 em defesa do presidente afastado.
Jarbas está confiante de que Cunha será mesmo cassado. Porém, observa que,
mesmo perdendo o mandato, Eduardo Cunha deixará como legado uma “escola do mal”
no legislativo.
“A má condução das coisas foi tão grave que
Cunha deixa uma ‘escola do mal’, discípulos na Casa. Que agora vão ter de ficar
atentos e aprender que o crime não compensa”, afirmou Jarbas. Ex-senador e
ex-governador de Pernambuco, ele já foi cotado à presidência da Câmara Federal
em uma eventual sucessão de Cunha. No início da noite desta terça, disse: “Eu
não disputo mandato tampão”. Se for concorrer ao cargo, só em fevereiro de
2017.
Em meio a uma reunião da bancada do
PMDB, com ajuda de assessores, monitorou a votação do Conselho de Ética. “Vou
acompanhar a votação também na Comissão de Constituição e Justiça. Não tenho
dúvidas de que a cassação vai acontecer. É como o impeachment. Saiu com muita
força da Câmara para o Senado. A cassação sai com muita força do Conselho de
Ética para a Comissão de Justiça e o plenário”, avalia. Depois que o Senado
aprovou o impeachment, Jarbas disse que o processo contra Dilma Rousseff (PT) seria uma
“carreta sem freio ladeira abaixo”.
Jarbas deu um dos 267 votos que
elegeu Eduardo Cunha em fevereiro de 2015, impondo uma derrota ao então
candidato petista, Arlindo Chinaglia, que teve 136 votos. Poucos meses depois,
já dizia publicamente ter se arrependido. E passou a desferir fortes ataques
contra Cunha, a quem já
qualificou de “doente” e “psicopata”.
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