Branca Alves Do Blog da
Folha
Jedson Nobre
Carlos
Eduardo, da Asppape reclama da Polícia Científica
As investigações em torno da morte, até agora não solucionada,
do empresário Paulo César de Barros Morato, investigado na Operação
Turbulência, da Polícia Federal (PF), acabou por expôr divergências entre os
peritos papiloscopistas e peritos criminais que atuam em Pernambuco. Enquanto
um lado defende que existe parcialidade, o outro questiona a legalidade do
exercício da função.
O presidente da APOC-PE, Enock Santos, afirmou, por meio de nota, que os
papiloscopistas não são “peritos oficiais” e cita o Código de Processo Civil e
a Lei Federal 12.030/2009. “Em Pernambuco, os ocupantes do cargo de
datiloscopista (de nível médio) foram redenominados peritos papiloscopistas
pela lei complementar estadual 156/2010. Ela é objeto de questionamento
sobre sua legalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), através da Ação Direta
de Inconstitucionalidade 5182, solicitada pelo Ministério Público Federal,
através do procurador-geral da República, Rodrigo Janot”, argumentou.
Por outro lado, o presidente da Asppape, Carlos Eduardo Maia, reconheceu que
existe uma rivalidade entre as duas categorias. “Na realidade, a APOC é dos
peritos criminais que não aceita a perícia papiloscópica. Inclusive, talvez
seja um dos motivos da situação que está acontecendo agora. Por que a gerente
da Polícia Científica (Sandra Santos) é uma perita criminal. Um dos princípios
da administração pública é a imparcialidade. E ela age com parcialidade. Existe
uma falta muito grande de recursos para o instituto de identificação, que é
onde ficam os peritos papiloscopistas”, disse.
Além das divergências apontadas pelas duas categorias, ambas apresentam queixas
com relação à estrutura para a realização de suas atividades. Para o
representante da APOC, os 120 peritos criminais na ativa em Pernambuco são
insuficientes para a demanda. Já Carlos Eduardo Maia considerou que é preciso
fazer uma remodelagem e adquirir um sistema moderno para auxiliar os trabalhos
e torná-los mais eficientes.
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