Fernando Castilho / JC
Filho mais novo do ex-presidente da
Transpetro, Sérgio Machado, o executivo de finanças e gestor de trusts,
Expedito Machado da Ponte Neto fez, certamente, uma das mais documentadas
delações premiadas à Justiça Federal do Paraná. Nela, ele revela que a primeira
grande propina paga a seu pai pela construção dos navios do Programa de
Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), foi feita em 2007 e
teriam sido pagas pelas empresas vencedoras Queiroz Galvão e Camargo Correia
concordaram em contribuir com recursos.
Naquela ano, as duas empresas foram
as vencedoras do leilão promovido pela Transpetro para a construção de 22
navios pelo Estaleiro Atlântico Sul, que ambas ainda controlam. Na delação
premiada, Expedito Machado não cita nominalmente o estaleiro, mas afirma que
segundo Sérgio Machado as duas empresas aceitaram pagar R$ 20 milhões.
Segundo Expedito Machado, o seu pai,
Sérgio Machado lhe informou que as referidas empresas afirmaram que o pagamento
só poderia ser feito no exterior e que sugeriram que ele abrisse uma conta no
exterior e que Machado pediu que o executivo abrisse uma conta na Suíça em seu
nome.
A delação de Expedido Macha revela
que ele acabou levando para suas relações ilícitas o filho mais velho do ex-presidente
da Transpetro, Sérgio Firmeza Machado, que era executivo do mercado financeiro
e que aceitou abrir uma conta no banco HSBC Zurique, uma vez que Expedito não
tinha renda.
Pelo que o próprio Sérgio Machado,
seu filho Expedito e o próprio executivo, ele nunca participou das negociatas
de seu pai e de seu irmão rompeu com a família ao descobrir que seu nome tinha
sido usado pelo pai e pelo irmão.
Na sua delação premiada Expedito
Machado revela que em consequência o relacionamento com o HSBC Zurich recebeu
pagamentos das Empresas Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, NM Engenharia, Galvão
Engenharia, Devaran International Ltd. E a Irodotos Navigation, R$ 44,7 milhões
a título de vantagens ilícitas.
No HSBC Zurich a sua companhia o
truts Form A, que ele depois de 2009, passou controlar chegou a ao movimentar
R$ 72 milhões e 934 mil.
Expedido relacionou assim os pagamentos da propina:
QUEIROZ GALVÃO e CAMARGO CORRÊA, durante entre 2007 e 2008, transferiram, a pedido de Sergio Machado, a
quantia de R$ 18.311.130,06;
NM ENGENHARIA transferiu em 2008, a quantia de R$ 6.015.457,33;
GALVÃO ENGENHARIA transferiu em 2009, a quantia de R$ 4.964.976,31;
DEVARAN INTERNATIONAL LTD. transferiu em 2010 a quantia de R$ 11.961.619,22 e em 2012 o valor
de R$ 1.617.953,58; e a
IRODOTOS transferiu em 2012, a quantia de R$ 1.857.585,14;
Disciplinado Expedido Machado revelou
a Lava Jato que manteve o controle de cada valor recebido para prestar contas
ao meu pai.
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