Sem alarde, o
subprocurador Clênio Valença, do Ministério Público do Estado (MPPE), arquivou
uma investigação criminal que tramitava no órgão desde 2014, envolvendo o
ex-governador Eduardo Campos (PSB), falecido em 2014, e o atual secretário
estadual de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões (PSB).
Quem encaminhou a
denúncia contra Eduardo Campos e Norões foi o Ministério da Justiça, em 2014.
Não existem maiores
informações sobre o conteúdo da investigação, além de que trata de supostos atos
praticados por Norões quando foi procurador geral do Estado.
Norões foi
procurador geral de janeiro de 2011 até novembro de 2014, quando foi “demitido”
pelo então governador João Lyra (PSDB). Para o público externo, nunca foi
esclarecido claramente o motivo da “demissão”, salvo que Norões supostamente
teria tomado decisões importantes, sem levar ao conhecimento do governador.
Informações de
bastidores dão conta que a tramitação da denúncia causou certo “embaraço” no
MPPE, pois não se tratava de mais um caso de “denuncismo” de adversários
políticos, mas uma representação feita pelo Ministério da Justiça, contra o
ex-governador e o atual secretário.
Procuradores e
promotores constantemente tem criticado, em conversas de corredor e grupos de
whatsapp, a gestão de Carlos Guerra, procurador geral de Justiça, por uma
alegada e suposta “leniência” com políticos.
Segundo um membro
deste grupo, sob reserva, todas as ações contra políticos são “iniciativas
isoladas de promotores, sem o apoio da chefia da instituição”.
Alguns membros,
ainda sob reserva, exemplificam a suposta “leniência” com o caso de Pedro
Eurico (PSDB), secretário de Justiça do Estado.
Uma denúncia feita
pela oposição na ALEPE, em fevereiro deste ano, sobre uso de celulares em
presídios, foi arquivada em tempo recorde, em abril, pelo mesmo subprocurador
Clênio Valença, apesar do secretário ter admitido publicamente a veracidade dos
fatos.
Clênio Valença foi
escolhido por Carlos Guerra para ficar responsável por todas as investigações
criminais contra políticos com foro privilegiado no Estado.
As críticas
internas contra Carlos Guerra levaram o mesmo a divulgar nota oficial sobre o
tema, em abril de 2016.
No documento,
Carlos Guerra rebateu as críticas e listou algumas ações de sua gestão contra a
corrupção de políticos. Ele atribuiu estas “queixas” a um clima eleitoral
antecipado, que considerou inadequado.
A eleição para
procurador geral é em janeiro de 2017, para um mandato de dois anos.
Do Blog do Jamildo
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