segunda-feira, julho 11, 2016

O GJ: PRIMEIRO SEMESTRE APRESENTA QUEDA NAS VENDAS E UM COMÉRCIO SEM AQUECIMENTO

EM CRISE, LOJAS DE ROUPAS E SAPATOS APOSTAVAM EM UM SÃO JOÃO MELHOR PARA ACELERAR AS VENDAS

Por Everaldo Paixão

P
esquisa encomendada pelo Grupo Líderes Empresariais – LIDE ao Ibope Inteligência,  o índice de confiança e otimismo voltaram a crescer com a mudança de governo federal. Sobretudo com a nova equipe econômica escolhida pelo presidente interino Michel Temer.

Em março, 98% dos empresários apontaram que a política é o tema mais preocupante para o panorama econômico 2016. Em junho caiu para 86%. Empresários afirmam, que a situação no mês junino, melhorou (24%), que pretendem contratar (18%) e que preveem que a receita aumentará este ano.
Cenário humildemente otimista em Pernambuco e com previsão de melhoras, mas que neste semestre em um balanço geral ainda não trará mudanças significativas para o comércio local, que ainda sofre tanto com os efeitos da crise, quanto com a administração municipal que não vem dando sua contrapartida para aquecer as vendas, o que estava previsto para o mês de junho com os festejos juninos que é tradição no Município e, principalmente nesse período, só comparado ao natal, que também são realizadas muitas contratações temporárias.
Outra injeção de ânimo tão esperado para movimentar a economia local tanto para os que vendem roupas, sapatos, os barraqueiros, e outros pequenos comerciantes, seria a divulgação do tão esperado São João deste ano. O anúncio da programação saiu atrasado, agora no dia 15 de junho, e as atrações veiculadas na imprensa pode não render um bom público, isto é, não atrair pessoas de outras localidades, de outros municípios, e isso não é salutar para alavancar uma economia que precisa de ingredientes suficientes para dar demonstração de que seguindo os dados mesmo que irrisório do Estado, o comércio local começaria a dar os primeiros sinais de esperança.
O comércio local também tem sido vítima dos constantes atrasos nos pagamentos dos servidores (ativos e inativos), dos fornecedores, que dependem dos repasses mensais da prefeitura para garantir um equilíbrio entre as dívidas e as receitas, o que garantiria também dinheiro a mais circulando para ser injetado na economia do Município.
Uma coisa depende da outra e tudo sempre se movimenta através de uma mola propulsora que é ligado ao movimento financeiro e capitalista.
A crise econômica, que já se revela com a mais severa da história brasileira, não tem poupado ninguém e se materializa de forma clara e dramática quando atinge principalmente os pequenos comerciantes que não consegue manter um capital de giro para desenvolver outras atividades. As vendas do varejo além de acumular retração, sofre com a inadimplência que também cresceu na mesma proporção que a crise.
Ouvimos quatros pessoas de áreas e atividades diferentes, e todas foram unânimes em afirmar que 2016 está superando 2015 como negativo para quem é comerciante, que não consegue ainda vislumbrar uma porta de saída para uma crise que além de ter causados demissões, mais de 11 milhões de desempregados pelo país, mais desigualdade social, não mostra um cenário ainda positivo para a economia.
Uma das donas de salão que prefere ficar em reserva, disse que o mês de junho sempre cria expectativas com o São João de Araripina e, que, a estimativa é de produzir com um lucro em torno de mais de R$ 10 mil. Esse ano se atingir a metade, será milagre. Outra comerciante de roupas lembra que em 2015 mesmo com as previsões nada alvissareiras, conseguiu atingir a meta nas vendas, mas este ano será humanamente impossível. A crise pode afetar ainda mais quem vai instalar sua barraca no São João de Araripina e competir com os donos de pontos móveis. Para alguns este ano principalmente, a concorrência se torna desleal pelo valor que são cobrados pelas instalações que são oferecidas pela Prefeitura.
As conversas com os comerciantes do Município são sempre entoadas pela crise, pelo aumento dos preços que precisam passar para o consumidor, o que para eles diminuem a frequência do mesmo nas compras, pela inadimplência, e também pela falta de incentivos que pode trazer para economia local sinais de recuperação.
Como Araripina tem atraído investimentos privados, ainda é preciso que o poder público faça o dever de casa para ajudar a levantar e a erguer a economia local.

Matéria noticiada em O Grande Jornal do mês de junho

Postar um comentário

Blog do Paixão

Whatsapp Button works on Mobile Device only

Start typing and press Enter to search