Podemos observar
atentamente o desfecho de três campanhas que oscilam em temperaturas altas e
baixas
Montagem: EveraldoPaixão
Dei uma
pausa para não opinar sobre as disputas partidárias que reúnem três campanhas
em Araripina: a do médico Aluízio Coelho (PP), a do empresário Tião do Gesso
(SD) e a do também médico Raimundo Pimentel (PSL), mas vamos participar do processo democrático e não fugir das nossas responsabilidades.
Como
algumas previsões podem dar uma conotação parcial sobre os prognósticos
realistas, tomo por base alguns termômetros que medem a temperatura das
campanhas em Araripina.
Para isso
faço uma comparação com o início da pré-candidatura do então médico Valmir
Filho que montou toda uma estrutura como postulante para o pleito de 2016 a
prefeitura de Araripina.
Ele foi do
topo da pirâmide ao fundo do poço quando era um dos mais cotados para ser
prefeito de Araripina e ao seu redor, uma equipe de vereadores, pré-candidatos,
aliados de peso, não serviu de determinação para que ele fosse em frente e
homologasse sua candidatura. Ele confessou ser vítima de traição e de um plano
arquitetado pelo Palácio do Governo do Estado quando forçosamente tentava uma reaproximação
dele com o prefeito Alexandre Arraes. O resultado foi de uma subida vertiginosa
para uma queda brusca e instantânea que culminou com sua desistência.
Tião do
Gesso do Solidariedade também padeceu ou foi fisgado pelo mesmo esquema. Era cotado
para ser páreo duro contra o candidato de oposição e o seu crescimento parecia
acelerar a cada ronco do motor potente, até que, começou a ser associado ao
gestor municipal e as consequências começavam a surgir como pontos negativos
para a sua alavancada. Tião parecia meter medo e notoriamente conquistava
adeptos a sua causa que como a subida de Filho, foi estancada por uma revoada
de dissidência que de uma hora para outra começou a migrar para a terceira via.
Os aliados do prefeito que pediam voto para Tião do Gesso, mudaram a cantilena
e ele foi literalmente abandonado por todos que faziam parte da base
governista. Coincidentemente a história que tornou-se pública e que havia
criado o afastamento do grupo do prefeito de Tião, é que a vice na chapa
majoritária – Camila Sampaio, fez um pedido para que o prefeito e a primeira
dama não fossem aceitos no palanque.
Tião subiu
como um foguete, mas desceu na mesma proporção.
De repente
o médico Aluízio Coelho (PP) inicia uma temporada de adesão ao seu nome e
principalmente dos aliados do prefeito Alexandre Arraes. Algumas pessoas nas
mídias sociais alegam que Tião do Gesso achava que não cresceria na pesquisa se
tivesse o apoio do prefeito, então, não precisava também dos seus aliados. Réus
confessos, o falatório agora girava em torno de Aluízio Coelho.
Ele é ou
não é o candidato do prefeito?
Ele garante
que não.
Na sua
campanha, especialmente em se falando de gestão do governo Arraes, ele tem ao
seu lado, os principais articuladores do prefeito – Francisco Edvaldo e João
Dias – e tanto Tião do Gesso, quanto Valmir Filho, afirmam categoricamente que
todo plano para que o cenário fosse o atual, já vinha sendo costurado
inclusive, desde quando o ex-prefeito Valdeir Batista declarou apoio a Coelho. Para
eles, a manutenção da emissora de rádio do empresário em não atacar os “desmantelos”
da gestão Arraes, era um forte indício de que todos se juntariam para o embate
contra o candidato de oposição Raimundo Pimentel, com o aval do governo do
Estado.
A primeira
carreata do candidato do PP era notória a presença de quase todos os aliados
fervorosos do prefeito, sem esquecer que boa parte também migrou para o
candidato do PSL (isso é fato). O evento realmente foi grandioso o que levou o
líder do governo – Francisco Edvaldo a abordar o editor deste blog e dizer: “GANHAMOS
DE NOVO”, o que foi lembrado a se reportar as eleições de 2014 e refletir sobre
aquele momento de muita soberba.
Enquanto isso
o candidato de oposição Raimundo Pimentel (PSL) continua sendo o alvo principal
das contendas partidárias e foco para que seja neutralizado tanto pelo governo
do Estado, quanto pelos aliados do prefeito Alexandre Arraes, mas, tem recebido
adesões que antes eram protagonistas e figuravam como defensores do governo
municipal.
Só para
finalizar o meu raciocínio e com inteira lealdade aos fatos, quis apenas neste
conteúdo longo, frisar que a campanha de
Tião do Gesso, principalmente depois de uma pesquisa divulgada em que ele
apareceu bem abaixo do esperado, esfriou, mas que busca depois de um evento
inesperado e substancial para a sua campanha, ganhar fôlego.
Nesse caso
podemos dizer que Tião do Gesso está sentado em uma GANGORRA esperando um dos
candidatos para dividir com ele a brincadeira.
Quem será?
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