De acordo com a polícia, o prejuízo a essas firmas
chegou a R$ 3,4 milhões.
Suspeitos de liderar organização criminosa foram presos nesta quarta (19).
Suspeitos de liderar organização criminosa foram presos nesta quarta (19).
Thays Estarque e Ricardo NovelinoDo G1 PE
Polícia Federal explicou as fraudes cometidas contra o FGTS (Foto:
Marlon Costa/Pernambuco Press)
A Polícia
Federal em Pernambuco informou, na manhã desta quarta-feira (19), que a
organização acusada de fraudes no saque do Fundo de Garantia Por Tempo de
Serviço (FGTS) lesou 13 empresas de Pernambuco. O prejuízo a essas firmas
chegou a R$ 3,4 milhões. Quando a corporação deflagrou a 'Operação Demara’,
em 2015, descobriu que havia mais de 350 requerimentos com solicitações falsas
de retirada dos recursos.
A PF revelou
que a média de saques chegava R$ 10 mil. De acordo com a polícia, os líderes da
organização, presos em Pernambuco, falsificavam documentos dos
sócios e o contrato social das empresas. Assim, conseguiam retirar o
certificado digital das firmas. Com esse certificado, os líderes cadastravam a
empresa no sistema da Caixa Econômica Federal, banco responsável pelo pagamento
do FGTS.
Com esse
cadastro, eles poderiam informar um número ilimitado de demissões, mesmo que
elas fossem falsas. Segundo a PF, o aliciado era chamado para ir até uma
agência da CEF para assinar o termo de rescisão contratual, usando identidade e
carteira de trabalho ilegais.
“Eles
falsificavam os documentos pessoais dos sócios administradores dessas empresas
para obter certificados fraudulentos", afirmou a delegada Kilma Kaminha.
Os agentes federais apreenderam com os suspeitos carteiras de identidade,
aparelhos de plastificação de documentos e nomes que poderiam ser usadas em
futuras falsificações.
A fraude veio à
tona a partir de uma prisão em flagrante. Essa pessoa estaria tentando sacar o
FGTS e, por causa do nervosismo, acabou chamando a atenção da Caixa Econômica
Federal. "Essa pessoa estava utilizando a documentação falsa. Quando a
funcionária da Caixa entrou em contato com a empresa, ela informou que a
verdadeira funcionária não havia sido demitida, que continuava
trabalhando", disse o superintendente da PF em Pernambuco, Marcello Diniz.
A PF suspeita
que os líderes da organização conseguiam dados dos alvos acessando os sistemas
de informática. Os agentes acreditam que não há vínculo entre os funcionários
dessas empresas ou da Caixa com a organização. A instituição e servidores foram
vítimas da fraude.
Segundo a
delegada Kilma Kaminha, a organização criminosa utilizava os dados dessas
empresas e os documentos, contratos sociais legítimos, porém se passando por
representante dessas firmas.
A Polícia Federal informou ainda que,
caso seja comprovado que esses saques foram feitos de forma fraudulenta, a
Caixa Econômica será responsável por esse ressarcimento para as contas dessas
pessoas prejudicadas.
A Operação
A ação da PF desmontou um grupo suspeito de atuar nos estados de Pernambuco, Sergipe eMaranhão. A organização tentou resgatar mais de R$ 3 milhões em valores indevidos. O prejuízo financeiro aos cofres públicos confirmado, no entanto, já chega a R$ 800 mil. Quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão foram cumpridos.
A ação da PF desmontou um grupo suspeito de atuar nos estados de Pernambuco, Sergipe eMaranhão. A organização tentou resgatar mais de R$ 3 milhões em valores indevidos. O prejuízo financeiro aos cofres públicos confirmado, no entanto, já chega a R$ 800 mil. Quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão foram cumpridos.
Os dois líderes
do esquema, segundo a PF, estavam no Aeroporto Internacional do Recife. Eles
desembarcaram no terminal e vinham de São José dos Campos, no interior de São
Paulo. Os federais também cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Caruaru, no Agreste pernambucano, na
UR-10, no Ibura, na Zona Sul do Recife, e no bairro de Afogados, na Zona
oeste do Recife.
De acordo com a
PF, grupo usava documentos falsos e informações indevidas enviadas à
Caixa Econômica Federal, por meio do aplicativo web do Sistema Conectividade
Social. Informava supostas demissões de empregados, envolvendo dezenas de
empresas.
O nome
O nome da operação teve inspiração em Ferdinand Waldo Demara Jr. Conhecido como “O Grande Impostor”, o americano nascido em Lawrence, Massachusetts, adotou diversas identidades falsas, apresentando-se como médico de um navio, engenheiro civil, vice-xerife, assistente diretor de prisão, doutor em psicologia aplicada, advogado, editor, pesquisador de câncer e professor.
O nome da operação teve inspiração em Ferdinand Waldo Demara Jr. Conhecido como “O Grande Impostor”, o americano nascido em Lawrence, Massachusetts, adotou diversas identidades falsas, apresentando-se como médico de um navio, engenheiro civil, vice-xerife, assistente diretor de prisão, doutor em psicologia aplicada, advogado, editor, pesquisador de câncer e professor.
Postar um comentário
Blog do Paixão