Maior parte da previsão de investimento do orçamento 2017 é com recursos
próprios
'São três anos de orçamento negativo. Nós temos visto é desemprego, é
inflação, é desesperança. Estamos tentando mudar', afirmou o secretário de Planejamento,
Márcio Stefanni, na Alepe
Foto: João Bita/Alepe
Responsável por coordenar o orçamento
do Estado, o secretário de Planejamento, Márcio Stefanni, faz um balanço pouco
otimista do crescimento das contas públicas abaixo da inflação. “São três anos
de orçamento negativo. Uma vez que a atividade econômica não responde, o Estado
não produz nada. E ele arrecada o que a atividade econômica produz. Nós temos
visto é desemprego, é inflação, é desesperança. Estamos tentando mudar.
Infelizmente”, afirmou.
Segundo Stefanni, Pernambuco tem um
teto de investimento da ordem de R$ 2 bilhões no próximo ano. A expectativa,
porém, só vai se realizar se houver dinheiro. Nos últimos anos, o Estado tem
batalhado pela liberação de operações de crédito, o que não tem se
concretizado.
“No último ano, nós fizemos R$ 1,3 bilhão. No
presente ano nós já fizemos R$ 700 milhões. E vamos aguardar o final do ano
para saber quanto deu. Deve bater fácil R$ 1 bilhão. E no ano que vem, como eu
disse aqui, é a maior parte com recursos próprios”, explicou o secretário.
Segundo Stefanni, a prioridade é a
manutenção dos serviços básicos e o pagamento da folha de pessoal.
TETO DE GASTOS
Questionado se a proposta de teto de
gastos públicos da União afeta a projeção do orçamento pernambucano, o
secretário lembrou que a nova regra não será replicada imediatamente para os
Estados. “O que pode prejudicar são repasses. A tabela do SUS não é corrigida
há muito tempo. Se você coloca que ela não pode não ser corrigida, isso afeta o
Estado porque não haverá a correção, que não houve já há dez anos”, queixou-se
Stefanni.a
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